Riscos graves para a próxima decada: Crises climática e perda de biodiversidade

O Relatório de Riscos Globais de 2024 do Fórum Econômico Mundial (FEM) destaca os eventos climáticos extremos e as mudanças críticas nos sistemas terrestres como as principais preocupações para a próxima década. Enquanto a má informação e a desinformação são identificadas como os maiores riscos a curto prazo nos próximos dois anos, os riscos ambientais ganham destaque ao longo de um período de dez anos.

 Crises climática e perda de biodiversidade
Em 2023, uma seca severa atingiu a Amazônia, impactando a biodiversidade, as comunidades e a economia local © Jacqueline Lisboa / WWF-Brasil

O documento conclui que os quatro riscos mais sérios nos próximos dez anos são: fenômenos meteorológicos extremos, alterações críticas nos sistemas terrestres, perda de biodiversidade e colapso dos ecossistemas, e escassez de recursos naturais. A poluição também figura entre os dez riscos mais graves. De maneira alarmante, o relatório ressalta que a cooperação em questões globais urgentes pode se tornar cada vez mais escassa, enfatizando a importância de ações concertadas e colaboração para lidar com as emergências climáticas e naturais.

Ao comentar a divulgação do Relatório de Riscos Globais do FEM 2024, Kirsten Schuijt, Diretora Geral do WWF Internacional, expressou sua preocupação:

“As crises interligadas das alterações climáticas e da perda de biodiversidade estão entre os riscos mais sérios que o mundo enfrenta e não podem ser tratadas isoladamente. Acabamos de vivenciar o ano mais quente já registrado, com vidas e meios de subsistência devastados por ondas de calor e eventos climáticos extremos. A menos que aja uma ação urgente, a ameaça só se intensificará, aproximando-nos de causar danos irreversíveis à sociedade e aos ecossistemas.”

“Ao colaborarmos para proteger e gerenciar melhor os recursos da Terra, podemos reverter a tendência da perda da natureza e assegurar um futuro mais promissor para nosso planeta, nossa casa comum. Governos e empresas podem fazer de 2024 o ano em que restaurarão a credibilidade e reconstruirão a confiança, comprometendo-se a cumprir metas climáticas e ambientais para 2030 – o tempo é crucial. Isso é essencial para proteger comunidades e a natureza que sustenta a todos nós.”

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O Relatório de Riscos Globais 2024 do FEM destaca que os riscos ambientais continuam predominando, com dois terços dos especialistas globais preocupados com eventos climáticos extremos em 2024. Condições meteorológicas extremas, mudanças críticas nos sistemas terrestres, perda de biodiversidade, colapso de ecossistemas, escassez de recursos naturais e poluição representam cinco dos dez riscos mais sérios a serem enfrentados na próxima década.

O WWF expressa preocupação pelo fato de os países não estarem cumprindo seus compromissos para 2030 no âmbito do Quadro Global de Biodiversidade de Kunming-Montreal, do Acordo de Paris e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Fonte: WWF Brasil

Arthur Brasil

Engenheiro Florestal formado pela FAEF. Especialista em Adequação Ambiental de Propriedades Rurais. Contribuo para o Florestal Brasil desde o inicio junto ao Lucas Monteiro e Reure Macena. Produzo conteúdo em diferentes níveis.

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