Queimadas explodem no Cerrado e na Amazônia em Março

Em março, os biomas brasileiros continuaram a enfrentar incêndios, mesmo durante um período tradicionalmente chuvoso em algumas regiões do Brasil. Com exceção do Pampa, todos os outros biomas registraram uma quantidade de queimadas acima da média esperada para o período, com destaque para o Cerrado e a Amazônia.

Queimadas registradas no município de Amajari, Roraima. Foto: Jader Souza ALE/RR

Na savana brasileira, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) registrou 1806 focos de calor, o maior número já observado para o mês desde o início do monitoramento em 1999.

Este valor é três vezes maior do que a média esperada para março (594 focos) e representa um aumento de 113% em relação a março de 2023, quando foram registrados 845 focos.

Na Amazônia, o INPE registrou 2.654 focos de calor, o segundo maior valor da série histórica, ficando atrás apenas de 2019, quando mais de 3000 focos foram detectados.

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Impulsionado pelos incêndios no Amapá e Roraima, o número de focos registrado pelo INPE em março foi 156% maior do que a média esperada para o mês (1034 focos) e 160% maior do que em março de 2023 (1019 focos).

Na Caatinga, o instituto registrou 175 focos de calor, um aumento de 28% em relação à média para o mês (136 focos).

No Pantanal, foram registrados 176 focos de calor, um aumento de 151% em relação à média para março neste bioma (70 focos).

Na Mata Atlântica, apesar do período chuvoso, foram registrados 612 focos de calor, um aumento de 24% em relação à média mensal (493 focos).

Ao contrário dos outros biomas, o Pampa teve uma redução significativa no número de queimadas registradas, com apenas 25 focos em março de 2024, 56% abaixo da média para o período (57 focos).

O Governo Federal está agindo rapidamente para combater os danos causados pelos incêndios, exacerbados pelo fenômeno do El Niño e pelas mudanças climáticas, especialmente no Cerrado e na Amazônia, que enfrentam os maiores números de focos.

Para o Cerrado, foi lançada uma força-tarefa entre os governadores dos estados inseridos no bioma para fortalecer o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas (PPCerrado) no final de março.

Para a Amazônia, o Executivo estendeu até 31 de dezembro de 2024 o uso da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) nas ações de fiscalização e repressão ao desmatamento e outros crimes ambientais no bioma, incluindo o combate a incêndios florestais e queimadas. Esta medida foi publicada em 1º de abril.

Fonte: ((o))eco


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