Qual foi o saldo da COP28 para o Brasil?

Afinal o qual foi o saldo que a COP28, vai deixar para o meio ambiente, e para o setor de base florestal Brasileiro?

Qual foi o saldo da COP28 para o setor de base florestal Brasileiro?
Afinal o qual foi o saldo que a COP28, vai deixar para o meio ambiente, e para o setor de base florestal Brasileiro?

Vamos entender o que alguns estados conhecidos por suas coberturas vegetais, levaram de proposições para a COP 28.

A vigésima oitava Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas acabou no dia 12 de Dezembro, e muita coisa foi discutida principalmente com o foco no desenvolvimento sustentável. Vários estados brasileiros levaram os seus representantes, e claro que cada um foi lá para tentar discutir propostas que possam beneficiar a sua população.

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MATO GROSSO

O estado do Mato Grosso, que faz parte da Amazonia Legal e foi pra COP28 com a missão de destacar a importância dos Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) como solução eficaz para o desenvolvimento da economia do estado e do país, propondo práticas sustentáveis e investindo em tecnologias de monitoramento.

A idéia do Mato Grosso é combater e de superar os desafios ambientais que são inerentes a um estado que possui uma intensa atividade agrícola e florestal; `Porque apesar de ter perdido 2.086 km² de florestas nativas em um ano, por outro lado os Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) emergem como uma solução potente, com uma extensão total de 4,7 milhões de hectares de florestas manejadas em áreas particulares e que podem ser expandidas para 6 milhões de hectares no Estado.

Então, ao abordar a problemática no cenário global da COP 28, Mato Grosso tem a oportunidade de buscar apoio e colaboração internacional para enfrentar o desafio do desmatamento e dito isso, sigamos para entender qual foi o saldo da COP28 para o Brasil?

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AMAPÁ

Já o Amapá, foi pra COP28, apresentando o modelo de manejo florestal sustentável em florestas públicas, unindo iniciativa privada e comunidades para impulsionar a bioeconomia.
Os representantes do Amapá, apresentaram os resultados das concessões florestais bem-sucedidas que vem se desenvolvendo no estado desde 2016, Com isso o Amapá prevê expansão para 670 mil hectares, gerando empregos e promovendo desenvolvimento social e econômico, lembrando que o Amapá um dos estados com a maior reserva florestal ainda não explorada do Brasil.
O cooperativismo também foi destaque na COP28, com foco na participação ativa das comunidades para manter a floresta em pé.

ACRE

Essa foi a mensagem que o estado do Acre levou para Dubai, com exemplos da apresentação dos resultados da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do ACRE com presença em 18 municípios do estado e que desenvolve produção florestal sustentável e modernização da cadeia produtiva da castanha-do-Pará ou castanha-do-brasil como o pessoal conhece lá fora. Mostrando que os produtos florestais não-madeireiros também tem um potencial grande na manutenção da biodiversidade e da floresta em pé, e o Acre é um grande produtor de castanha-do-pará, inclusive com produtos industrializados a partir da castanha.

RONDÔNIA
O estado de Rondônia participou do participou do painel “Manutenção de estoques florestais como estratégia para a redução do aquecimento global”. Priorizando a conservação da biodiversidade, o estado promove um modelo de desenvolvimento sustentável para as gerações futuras. Manutenção de estoques florestais como estratégia para a redução do aquecimento global. Isso pode sinalizar inclusive que o estado já está bem ligado no comércio de carbono das suas reservas florestais.

PARÁ
O Pará não poderia ficar de fora claro, e teve uma forte presença esse ano na COP28, lembrando que a COP30 vai ser realizada em Belém do Pará em 2025. E aproveitou a conferência desse ano para lançar um plano inédito para recuperar 5,6 milhões de hectares da Amazônia, o equivalente a dez vezes a área do Distrito Federal, até 2030.

O “Plano de Recuperação da Vegetação Nativa” estimula a criação de empregos verdes, incentiva a pesquisa e desenvolvimento, e busca a neutralização de emissões de carbono.
O projeto vai além de apenas abordar questões ambientais: apresenta mais de 225 atividades a serem desenvolvidas nos próximos 10 anos, que têm entre seus objetivos o estímulo à criação de empregos verdes, o incentivo à pesquisa, o desenvolvimento e inovação, além da garantia da segurança alimentar da população.

Mas tem mais pontos que são direcionados ao Brasil que foram destaques também na COP.

O Reino Unido anunciou a doação de £35 milhões de libras que equivalem a cerca de (R$215 milhões de reais) para o Fundo Amazônia, somando £80 milhões de libras.

Essa contribuição fortalece a parceria histórica, promovendo o desenvolvimento sustentável e reforçando a importância da cooperação internacional.

Somado a isso, A Noruega anuncia doação de US$50 milhões de dólares (equivalente a R$250 milhões de reais ) para o Fundo Amazônia, reconhecendo os esforços realizados na amazonia e a redução de 50% do desmatamento do Bioma. Lembrando que esse Fundo, foi retomado em 2023 e visa combater o desmatamento, contribuindo para metas climáticas e o desenvolvimento sustentável, o que afeta diretamente na preservação e conservação do Bioma e na qualidade de vida de diversas comunidades tradicionais que dependem desse bioma para sua subsistência.
Mas agora me diz ai, qual dessas notícias você acha que terá um impacto maior no nosso setor florestal no médio e longo prazo? Comenta aqui embaixo.

FONTES:

Reure Macena

Engenheiro Florestal, formado pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), Especialista em Manejo Florestal e Auditor Líder - Sistema de Gestão Integrada (SGI). Um parceiro do Florestal Brasil desde o início, compartilhando conhecimento, aprendendo e buscando sempre a divulgação de informações que somem para o desenvolvimento Sustentável do setor florestal no Brasil e no mundo.

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