No Amazonas, a Seca Atinge Níveis Históricos: Rio Negro Registra o Menor Nível em 121 Anos

A seca no Amazonas atingi o Rio Negro, situado no estado, atingiu o surpreendente nível de 13,59 metros, o mais baixo em 121 anos desde o início das medições em 1902. Até então, o menor registro havia sido documentado em 24 de outubro de 2010.

seca no amazonas
Vista aérea mostrando um barco e uma balsa encalhados nas margens do Rio Negro (foto: MICHAEL DANTAS/AFP)

Esses alarmantes dados foram divulgados hoje, 16 de outubro, pelo Porto de Manaus. O estado enfrenta uma seca de proporções históricas que tem impactado significativamente a disponibilidade de alimentos e água, além de coincidir com uma onda de incêndios florestais na região.

O Serviço Geológico do Brasil emitiu um alerta, prevendo que os impactos dessa seca serão sentidos até o próximo ano.

“Os níveis dos rios muito baixos e consequentemente suas vazões reduzidas tem potencial de gerar diversos impactos na região, por exemplo sobre: abastecimento; navegação; estabilidade geológica local, em razão dos fenômenos de terras caídas ocasionados pela diminuição muito rápida dos níveis de águas; e processos ecológicos, levando à mortandade de peixes em razão do reduzido espaço para circulação, elevação da carga orgânica e também das temperaturas das águas”, destacou a instituição governamental, vinculada ao Ministério de Minas e Energia.

Ademais, esses impactos afetam diretamente as comunidades ribeirinhas e a economia regional. O governo do Amazonas implementou várias medidas de resposta de emergência para ajudar a população a enfrentar e minimizar os danos.

A Defesa Civil do estado capacitou agentes municipais e estaduais, distribuiu purificadores de água coletivos, emitiu alertas e forneceu orientações à população e às autoridades locais.

Além disso, o governo distribuiu kits de higiene pessoal e hipoclorito de sódio, renegociou dívidas e apoiou os produtores rurais que serão afetados pela seca.

Um dos fatores que contribui para essa seca histórica é o fenômeno climático El Niño, que inibe a formação de nuvens de chuva, tornando a estiagem deste ano mais prolongada e intensa em comparação com anos anteriores.

Fonte: Diário de Pernambuco


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Arthur Brasil

Engenheiro Florestal formado pela FAEF. Especialista em Adequação Ambiental de Propriedades Rurais. Contribuo para o Florestal Brasil desde o inicio junto ao Lucas Monteiro e Reure Macena. Produzo conteúdo em diferentes níveis.

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