A Lei de Gestão de Florestas Públicas completou 17 anos em 2021, e sua criação foi uma medida importante para a conservação do meio ambiente no Brasil. Desde então, a gestão das florestas públicas vem evoluindo, mas ainda há muito a ser feito.
Uma das principais conquistas da lei foi a possibilidade de concessão de áreas florestais para o manejo sustentável. Isso possibilitou que a exploração econômica das florestas fosse feita de forma responsável, com critérios ambientais, sociais e pedagógicos. As concessões são concedidas pelo governo e têm duração de até 40 anos, o que permite a elaboração de planos de gestão a longo prazo.
Outro ponto importante foi a criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), que regulamenta a criação, gestão e manutenção de unidades de conservação em todo o país. O SNUC é responsável pela proteção de áreas como parques nacionais, reservas biológicas e florestas nacionais, e é um dos principais instrumentos de conservação da biodiversidade brasileira.
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No entanto, apesar dos avanços, ainda há muitos desafios a serem enfrentados. Um dos principais é a fiscalização das áreas concedidas para o manejo sustentável. Muitas vezes, a exploração das florestas não é feita de forma adequada, o que pode levar à degradação ambiental e social. É necessário que haja uma fiscalização mais efetiva por parte do governo, para garantir que as empresas que exploram as florestas públicas estejam cumprindo as normas ambientais.
Além disso, é necessário que haja mais investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para o manejo sustentável das florestas. A criação de novos produtos e materiais a partir da madeira é uma oportunidade econômica importante, mas é necessário que isso seja feito de forma responsável e sustentável, sem prejudicar a preservação da biodiversidade.
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Por fim, é necessário que haja um envolvimento maior da sociedade na gestão das florestas públicas. É importante que a população esteja ciente da importância das florestas para a conservação da biodiversidade e do clima, e que participe das discussões sobre sua gestão. A criação de conselhos de gestores com a participação da sociedade pode ser uma forma de garantir uma gestão mais democrática e transparente.
Em resumo, a Lei de Gestão de Florestas Públicas foi um importante avanço para a conservação do meio ambiente no Brasil, mas ainda há muito a ser feito. É necessário que haja uma fiscalização mais efetiva, investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, e um maior envolvimento da sociedade na gestão das florestas públicas. A conservação das florestas é uma responsabilidade de todos, e só poderá ser alcançada com a colaboração de todos os setores da sociedade.
Fonte: ECycle
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