Vamos falar sobre a água!?

Por: Reure Macena

A água é uma substância líquida composta por moléculas de hidrogênio e oxigênio (H2O) que cobre cerca de 71% da superfície do planeta! Mas ela é só isso?

Podemos resumir de forma mais direta também como sendo um recurso natural essencial para a vida na terra, um recurso quase que único, que por vezes é comemorado como uma final de copa do mundo quando encontrados relatos de que foram encontrados indícios desse elemento fora do planeta terra, pois como recurso natural, a água desempenha várias funções importantes como por exemplo;

Suporte à vida

A água é fundamental para a sobrevivência de todos os organismos vivos além um componente essencial das células, participando de reações metabólicas e mantendo a homeostase. A maioria dos seres vivos depende da água para se hidratar e consequente funcionamento adequado de seus sistemas corporais.

Ecossistemas

A água é essencial para a manutenção dos ecossistemas. rios, lagos, oceanos e pântanos fornecem habitats para uma variedade de plantas e animais, e a água é o suporte para esses ambientes. Os ecossistemas aquáticos também desempenham um papel crucial no ciclo dos nutrientes e no equilíbrio climático.

Agricultura

A água é indispensável para a agricultura, a irrigação é necessária para o crescimento de culturas e para a produção de alimentos e a disponibilidade adequada de água afeta diretamente a produtividade agrícola e a segurança alimentar.

Indústria

A água é amplamente utilizada em processos industriais, incluindo produção de energia, manufatura, refrigeração, transporte de materiais e limpeza. Ela desempenha um papel importante em setores como energia hidrelétrica, indústria alimentícia, indústria química e produção de eletrônicos inclusive.

No entanto, é importante destacar que a água como recurso natural está sujeita a desafios e ameaças dos mais diversos tipos, desde pequenas ameaças em função da micro poluição causada por ações individuais isoladas, que no entanto, podem rapidamente escalar quando somadas a várias e várias ações individuais em uma mesma localidade como é comum de ser encontrado em periferias de grandes centros urbanos. A crescente demanda populacional, a poluição, as mudanças climáticas e a má gestão dos recursos hídricos podem levar à escassez de água e afetar negativamente os ecossistemas e a sociedade.

Portanto, a conservação e o uso sustentável da água são essenciais para garantir sua disponibilidade futura, por isso é crucial que esse bem da humanidade seja exatamente o que ele é. Um bem para a humanidade, fornecido pela natureza!

justamente por isso, a privatização de água e saneamento traz ‘sérios riscos de violação de direitos, de acordo com Ex-relator especial da ONU para Água e Saneamento, Léo Heller, Engenheiro que é e autor de publicações que discutem a água sob diversas perspectivas: saúde coletiva, políticas públicas e direitos humanos.

De acordo com o pesquisador, a água e o saneamento são direitos fundamentais que estão sendo violados em regiões vulneráveis do país. Ele ressalta as contradições resultantes da privatização do abastecimento de água e coleta de esgoto em diversos estados brasileiros.

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O pesquisador argumenta que governos estão utilizando a justificativa falsa de universalizar o serviço mais rapidamente e obter recursos para o Estado, enquanto entregam o controle da água a investidores internacionais. Isso implica em vincular esse recurso essencial aos interesses do mercado.

Vamos falar sobre a água!?

“Não há evidências de que a universalização ocorra mais efetivamente em modelos privados do que em modelos públicos de prestação de serviços. Ao contrário, como muitas vezes as empresas privadas buscam maximizar seus lucros, há uma tendência em serem relutantes em colocar serviços em locais onde vivem populações com mais baixa capacidade de pagamento, como em zonas rurais e cidades de menor porte, mas sobretudo em vilas e favelas, onde há também complexidades urbanísticas para a implementação dos serviços”, afirma o pesquisador.

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“É importante destacar que tanto o acesso à água quanto o acesso ao saneamento (ou esgotamento sanitário) são considerados direitos humanos. Resolução das Nações Unidas de 2010 reconheceu esses direitos, com amplo apoio dos países-membros, inclusive do Brasil.

O marco dos direitos humanos define que são os governos os responsáveis por cumprirem suas obrigações de direitos humanos, sob o risco de violar essas obrigações. Portanto, no campo da água e do saneamento, a presença do Estado é essencial. Esses serviços, por serem monopolizados (há somente um prestador em cada localidade) requerem forte atuação do Estado para regular, fiscalizar e controlar a realização dos direitos humanos. Quando esses serviços são deixados inteiramente sob responsabilidade dos mercados, há sérios riscos de violação de direitos.” Léo Heler em Entrevista ao site Brasil de fato

O envolvimento da sociedade civil é fundamental, pois a efetiva implementação de políticas de saneamento básico depende da participação social e são os membros da sociedade que devem orientar as decisões de políticas públicas em todas as esferas, desde o âmbito local até o internacional, uma vez que são eles que sofrem os impactos da falta de acesso à água e saneamento.

A sociedade civil também desempenha um papel importante ao resistir a políticas regressivas, como a ampla privatização dos serviços que foi promovida e incentivada pelo governo anterior, por isso é crucial que sempre que ouvirmos sobre a privatização da água, iniciemos com a pergunta “Vamos falar sobre a água!?”