Servidores do ICMBio se unem aos do IBAMA na paralisação por melhoria salarial

Funcionários afirmam que a carreira sofreu ‘dez anos de abandono’ e ‘não foi devidamente valorizada’ pelo atual governo.

ICMBio adere à paralização do IBAMA. / Imagem: Portal Metropoles

Servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio, anunciaram adesão à paralisação deflagrada pelos funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, o Ibama.

A decisão foi tomada na quinta-feira 4 e oficializada em um comunicado endereçado à Presidência da República e aos ministérios da Gestão e Inovação, do Meio Ambiente e da Casa Civil.

O conteúdo da carta é semelhante ao publicado pelos servidores do Ibama.

No texto, os funcionários afirmam que, neste momento, realizarão somente atividades burocráticas internas e interromperão as atividades de campo, entre elas:

  • operações de fiscalização ambiental na Amazônia;
  • vistorias de processos de licenciamento ambiental;
  • processos autorizativos;
  • prevenção e combate a incêndios florestais;
  • atendimento às emergências ambientais;
  • ações de gestão socioambiental;
  • pesquisa e monitoramento da biodiversidade;
  • conservação e recuperação de espécies ameaçadas de extinção.

De acordo com lideranças, 1,4 mil funcionários do Ibama e 600 servidores do ICMBio assinaram a carta. Eles reivindicam melhorias salariais e a reestruturação da carreira de especialista em meio ambiente.

No texto, os signatários afirmam ter sofrido “dez anos de total abandono da carreira” e dizem que a categoria “não foi devidamente acolhida e valorizada” pelo governo do presidente Lula (PT).

Em outra carta, endereçada à imprensa, a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente, a Ascema, diz que as negociações com o Ministério da Gestão estão estagnadas há três meses.

Segundo o documento, a pasta de Esther Dweck “permaneceu inerte” diante das mobilizações. Eles dizem que apenas uma reunião ocorreu em outubro, na qual os trabalhadores teriam apresentado as suas propostas ao governo, sem resposta até este momento.

De acordo com a Ascema, a partir da semana que vem, haverá assembleias estaduais para deliberar sobre novas ações. Há uma expectativa de adesão, ainda, de funcionários do Serviço Florestal Brasileiro e do próprio Ministério do Meio Ambiente.

Em nota, o Ministério do Meio Ambiente informou que “a reestruturação das carreiras ambientais é prioridade” e que “está em diálogo com o MGI para que seja apresentado um cronograma das próximas etapas de negociação com servidoras e servidores do ministério, do Ibama, do ICMBio e do SFB”.

Procurado pela reportagem da Carta Capital, o Ministério da Gestão ainda não se manifestou.

Fonte: Carta Capital


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Reure Macena

Engenheiro Florestal, formado pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), Especialista em Manejo Florestal e Auditor Líder - Sistema de Gestão Integrada (SGI). Um parceiro do Florestal Brasil desde o início, compartilhando conhecimento, aprendendo e buscando sempre a divulgação de informações que somem para o desenvolvimento Sustentável do setor florestal no Brasil e no mundo.

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