Os ruralistas estão voltando sua atenção para a Moratória da Soja e um acordo semelhante para a carne bovina, os quais resultaram em uma redução significativa, em torno de 80%, do desmatamento na Amazônia para o cultivo dessas commodities.
O debate sobre o dispositivo relacionado à soja está programado para ocorrer na Comissão de Agricultura do Senado, após a aprovação de um requerimento apresentado pelo presidente da comissão, Alan Rick (União-AC), na última semana. A definição da data para a discussão será realizada pela comissão.
Paralelamente, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso foi cenário de protestos contra as moratórias da soja e da carne. Frigoríficos comprometeram-se a não comprar bovinos provenientes de áreas desmatadas.
Durante a audiência, líderes de associações de sojicultores, pecuaristas e sindicatos rurais argumentaram que esses acordos prevalecem sobre a legislação federal, dificultando o comércio mesmo em terras legalmente desmatadas.
O deputado Gilberto Cattani (PL) defendeu o fim dos incentivos fiscais para empresas que, segundo ele, prejudicam o estado ao aderir às moratórias. Ele propôs abrir esses mesmos incentivos a outras empresas que não participem desses acordos considerados prejudiciais ao produtor.
Durante o encontro, ressurgiu a proposta de apresentar uma reclamação ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), argumentando que os acordos deveriam ser revogados, pois seriam vistos como um mecanismo de reserva de mercado, bloqueando o comércio para parte dos pecuaristas.
A exportação de carne, soja e outros produtos sem desmatamento na Amazônia e em outros biomas é uma exigência presente em acordos comerciais negociados pelo Brasil, incluindo o acordo do Mercosul com a União Europeia. Essas informações foram obtidas através de fontes como o Canal Rural e O Documento (MT).
Fonte: ((o))eco
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