A companhia agrícola britânica também utiliza autômatos da norte-americana Tortuga AgTech na colheita de morangos. A solução foi desenvolvida exclusivamente para cultivo hidropônico, com irrigação suspensa, o que facilita o trabalho dos robôs. A parceria começou em 2020, e atualmente 50 robôs colhem os morangos da Summer Berry no Reino Unido – com potencial para escalar mais de 500 unidades.
Outra empresa que já oferece robôs para substituir a colheita manual de frutas é a israelense Tevel Aerobotics, criada em 2017. A startup desenvolveu drones para colher pêssegos, nectarinas, ameixas, maçãs, damascos e peras. Conectados por cabo a uma plataforma que se move pelos corredores da lavoura, os autômatos voadores são capazes de identificar os frutos que estão maduros graças a um sistema embarcado de visão computacional. A coleta é feita por braços mecânicos com ventosas instaladas nas extremidades. Os aparelhos com aspecto futurista começam a ser utilizados, na modalidade de aluguel, por agricultores dos Estados Unidos, da Itália e do Chile.
No Brasil, a startup gaúcha Autofarm iniciou no fim do ano passado o desenvolvimento de um robô autônomo para colher maçãs. O primeiro protótipo, dotado de visão computacional e braço industrial robótico, foi testado em abril com resultados positivos. Segundo Tobias Grazziotin, fundador da empresa, um modelo viável para o mercado ainda deve levar pelo menos três anos para ficar pronto.
Relatório
DUCKETT, T. et al. Agricultural robotics: The future of robotic agriculture. UK-RAS White Papers. 18 jun. 2018.
Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.
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