Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço é reconhecida pelo Ministério do Meio Ambiente

A criação do Mosaico de Unidades de Conservação da Serra do Espinhaço do Quadrilátero Ferrífero (MG) se concretizou. 

Reconhecido pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da portaria 473/2018, no final de dezembro, a rede de unidades de conservação integrará 3,7 milhões de hectares da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço.

O Quadrilátero Ferrífero
É uma estrutura geológica cuja forma se assemelha a um quadrado, perfaz uma área de aproximadamente 7000 km² e estende-se entre a antiga capital de Minas Gerais, Ouro Preto a sudeste, e Belo Horizonte, a nova capital a noroeste. É a continuação sul da Serra do Espinhaço. 


O mosaico reunirá 18 municípios, entre eles estão:

  • Belo Horizonte; 
  • Ibirité;
  • Catas Altas;
  • Nova Lima; 
  • Mariana;
  • Ouro Preto;
  • Rio Acima;
  • e Sabará. 

Além disso, será composto por 26 UCs, sendo:

  • 2 federais, o Parque Nacional da Serra do Gandarela e a RPPN Santuário do Caraça;
  • 15 estaduais;
  • e 9 municipais. 


O atual mosaico irá compor outros dois já pertencentes à Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço: Alto Jequitinhonha à Serra do Cabral e da Serra do Cipó.

O Quadrilátero Ferrífero é uma zona de grande importância hídrica, responsável por abastecer os maiores municípios de Minas Gerais, como a capital Belo Horizonte.

Parque Nacional da Serra do Gandarela

O Parque Nacional (Parna) da Serra do Gandarela, criado em 13 de outubro de 2014, constitui-se importante área de conservação ambiental no coração do Quadrilátero Ferrífero e na porção sul da Cadeia do Espinhaço, a 40 km de Belo Horizonte/MG. 


O parque apresenta um conjunto cênico de exuberantes serras, rios e cachoeiras. A vegetação é composta de um dos mais contínuos fragmentos de Mata Atlântica de Minas Gerais e formações do cerrado, como os campos rupestres ferruginosos e quartizíticos, além de cangas ferruginosas. 
O Parna se destaca também por representar significativas áreas de recarga de aquíferos, com grande ocorrência de córregos e rios que drenam para as bacias dos rios Doce e das Velhas, tomando-se estratégico para o abastecimento presente e futuro da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Esse fator também contribui para a ocorrência de dezenas de cachoeiras, que compõe uma esplêndida beleza cênica e oferecem opções de turismo e lazer gratuitos para a população local e da Região Metropolitana.

Para Tarcísio Nunes, chefe do Parna da Serra do Gandarela, a criação do Mosaico se reveste de significativa importância, por unir institucionalmente unidades de conservação. “Todas já apresentam histórico de colaboração em diversas áreas, como: prevenção e combate aos incêndios florestais, uso público, conselhos consultivos comuns, fiscalizações conjuntas, entre outras. Todas amplamente registradas no documento que solicitou sua criação e foi enviado ao MMA. Esperamos que os laços entre as UCs se fortaleçam e que possamos avançar na cooperação e debate de questões e desafios comuns”, destaca o gestor. 

Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço

Considerada um divisor de águas, a Serra do Espinhaço abrange o Quadrilátero Ferrífero, no centro de Minas Gerais, até a Chapada Diamantina, na Bahia. Além disso, abriga importantes bacias hidrográficas do país, como o Rio Doce, Jequitinhonha e São Francisco. A região foi classificada pela Unesco, em 2005, como Reserva da Biosfera devido sua importância no que diz respeito ao patrimônio histórico e natural. 

Fonte:
ICMBIO
ICMBIO Parna
QUADRILÁTERO FERRÍFERO


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Arthur Brasil

Engenheiro Florestal formado pela FAEF. Especialista em Adequação Ambiental de Propriedades Rurais. Contribuo para o Florestal Brasil desde o inicio junto ao Lucas Monteiro e Reure Macena. Produzo conteúdo em diferentes níveis.

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