Remanescentes da Mata Atlântica já perderam de 23% a 42% de sua biodiversidade e de seus estoques de carbono florestal.
A conclusão é de um estudo feito por Renato Lima, ecólogo da Universidade de São Paulo (USP), e colaboradores do Brasil, da França e dos Países Baixos. O grupo analisou dados de 1.819 levantamentos de campo, cobrindo todas as regiões do país com fragmentos florestais do bioma, que hoje ocupa cerca de 20% de sua área original. Mais de 83% dos levantamentos de campo indicaram perdas de biomassa e de diversidade de árvores, causadas por atividades humanas como a extração seletiva de madeira e a introdução de espécies exóticas (Nature Communications, 11 de dezembro).
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Caso a degradação desses remanescentes fosse revertida, estima-se que o Brasil poderia retirar da atmosfera o mesmo volume de carbono que o reflorestamento de uma área de 70 mil quilômetros quadrados, o equivalente a US$ 2,6 bilhões em créditos de carbono.
Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.
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