Região sul é a principal produtora de eucalipto, C&P e painéis

Em 2013 o Brasil produziu 15,1 milhões de toneladas de celulose, 10,4 milhões de toneladas de papel e 7,9 milhões de m³ de painéis de madeira. Dentro deste cenário, um destaque foi a grande participação da região sul do país, especialmente do estado do Rio Grande do Sul. 


Somente o sul brasileiro produziu 3 milhões de toneladas de celulose, ficando responsável por 20% do total. A participação gaúcha foi de 3% correspondendo a 461 mil toneladas. Na produção de papel a participação foi de 42%, o que equivale a 4,4 milhões de toneladas, e a produção gaúcha foi de 219 mil toneladas (2%). No quesito painéis de madeira, o sul foi responsável por 67% com 5,3 milhões de m³ produzidos. O estado do Rio Grande do Sul teve participação na produção total de 31%, com 2,4 milhões de m³. 
De acordo com a Ageflor (Associação Gaúcha de Empresas Florestais), a recente criação em abril da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores) e a decisão do governo federal de situar o setor de árvores plantadas no Ministério de Agricultura são marcos importantes na estratégia de tornar a atividade cada vez mais sustentável, competitiva e importante na economia brasileira. 
O presidente do Sinpasul (Sindicato das Indústrias de Celulose, Papel, Papelão, Embalagens e Artefatos de Papel, Papelão e Cortiça do Rio Grande do Sul), Walter Rudi Christmann, afirma que depois do lançamento da Ibá, que reúne todo o setor de árvores plantadas, pode favorecer o setor de celulose e papel sulista. “Estamos trabalhando para fortalecer nosso setor cada vez mais”, comenta Christmann.
Esse setor ainda é destaque pelo potencial de absorção de CO2 das árvores plantadas, que pode contribuir para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e, consequentemente, atuar de forma mais intensa nas propostas brasileiras sobre o tema. “A Ibá tem como objetivo agregar as diversas empresas e entidades que se utilizam da base florestal, para atuarem de maneira mais sinérgica e coesa, por meio de um único interlocutor”, diz o presidente da Celulose Riograndense e conselheiro da nova associação, na área de celulose, Walter Lídio Nunes.
Fábrica de pellets
Em questão de investimento, o Rio Grande do Sul terá uma nova fábrica de pellets de madeira prensada. Nesta semana a Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental do Rio Grande do Sul) emitiu a licença prévia para a Transbema que autoriza a implantação das atividades.
A previsão é que a Transbema tenha capacidade mensal de produção de 8.300 toneladas do produto, utilize uma área útil de 39.990 m² em São José dos Ausentes (RS) e empregue cerca de 20 funcionários.
Em abril a Fepam também emitiu uma licença de instalação de ampliação para a Tanac S/A em Rio Grande (RS), também para a produção de Pellets.
Agricultores apostam em eucalipto no Paraná
Cada vez mais o número de agricultores que destinam parte das suas propriedades para o plantio de florestas vem crescendo na região do Paraná. Entre os fatores, o principal motivo que vem despertado o interesse é de ter a possibilidade em obter uma renda líquida média anual em torno de R$ 4,4 mil por alqueire.
Um termômetro sobre o interesse em torno do cultivo de florestas de eucalipto é a procura por mudas nos viveiros da região. “Nossa capacidade é de produzir 1,2 milhão de mudas, por ano, mas se produzíssemos o dobro ainda não atenderíamos a demanda”, estima Sueli Martins, do Viveiro Mina D’Água (PR).
O ideal é o produtor destinar uma área pequena para o eucalipto, em torno de 10% da propriedade, e, no restante, explorar pastagem ou produção de grãos. “Assim, ele poderá esperar o crescimento das árvores sem se apertar financeiramente”, comenta o engenheiro agrônomo Joaquim Nereu Girardi, da Emater.
Fonte: Revista da Madeira via Apreflorestas


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Lucas Monteiro

Engenheiro Florestal com especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Perícia e Auditoria ambiental . Formação de Auditor nos sistemas ISO 9001, ISO 14001 e ISO 45001 e FSC® (FM/COC). Experiência em Due Diligence Florestal, mitigação de riscos ambientais e Cadeia de suprimentos da Madeira para mercados internacionais (EUDR e Lacey Act).

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