A DIFERENÇA ENTRE CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO

Na Reserva Mamirauá, pesquisadores e ribeirinhos buscam a sustentabilidade pelo manejo florestal (Tomaz Silva/Agência Brasil)

A conservação e a preservação são duas abordagens distintas na gestão e proteção do meio ambiente. Embora os dois termos sejam frequentemente usados de forma intercambiável, eles têm significados diferentes e representam abordagens diferentes para a proteção do meio ambiente.

CONSERVAÇÃO

Conservação refere-se ao uso sustentável dos recursos naturais para atender às necessidades atuais e garantir que as gerações futuras também possam desfrutar desses recursos. Isso envolve uma gestão responsável dos recursos naturais, garantindo que eles sejam usados de forma equilibrada para atender às necessidades humanas e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente.

Um exemplo de conservação é a pesca sustentável. As autoridades de pesca estabelecem cotas de pesca para garantir que não sejam capturados mais peixes do que a população de peixes pode suportar. Dessa forma, a pesca pode continuar a fornecer alimento e emprego para as comunidades locais, sem prejudicar a população de peixes ou o meio ambiente.

Um exemplo ainda relacionado a esse; é a chamada “Piracema”!

Piracema como Exemplo de Conservação — Imagem: G1 Piracicaba e Região

Que é um fenômeno que ocorre no mundo todo, mas somente aqui nas terras tupiniquins, tem um nome bacana que vem do Tupi. Que significa “Subida do Peixe”. Nome com significado mais literal que isso, só em Portugal mesmo.

“A piracema garante que o peixe complete seu ciclo de vida e dê continuidade à sua espécie. Quando o fenômeno é interrompido de alguma forma, a reprodução é prejudicada, pois a interrupção interfere no desenvolvimento das gônadas, na maturação dos gametas e também na desova.”

“Durante o fenômeno da piracema, a pesca fica proibida, o que é chamado de “período de defeso”, uma vez que os grandes cardumes iniciam seu período de reprodução, por isso a captura de grande quantidade desses peixes nessa época pode ocasionar uma diminuição da população de uma determinada espécie, prejudicando, assim, o equilíbrio ecológico e pode afetar todos os que retiram do peixe o seu sustento.

PRESERVAÇÃO

Por outro lado a preservação, refere-se à proteção completa do meio ambiente, incluindo a proteção de espécies raras e ameaçadas de extinção e seus habitats naturais. A preservação envolve a proteção de áreas naturais, como parques nacionais e reservas naturais, onde os recursos naturais são protegidos da exploração humana. Isso significa que as áreas naturais são mantidas intocadas, sem atividades humanas que podem afetar a biodiversidade.

Um exemplo de preservação é o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, que é reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO. O parque abriga sítios arqueológicos pré-históricos, incluindo pinturas rupestres de 50.000 anos. Para proteger esses sítios, o parque é preservado e o acesso humano é limitado. A preservação do parque garante que esses sítios arqueológicos sejam preservados para as gerações futuras.

Outro exemplo, são as áreas de preservação permanente, as APPs, que já tem vídeo aqui no Florestal Brasil falando a respeito, e que devem ser preservadas devido a sua função ecológica e aqui de maneira ultra resumida, por sua função estrutural, pois ajuda na fixação do solo por conta das raízes dos vegetais, reduzindo a chance de assoreamento de rios, deslizamentos, Lixiviação de nutrientes por ação de chuvas e outro calhamaço de benefícios ambientais.

Em resumo, a conservação e a preservação representam abordagens diferentes para a gestão e proteção do meio ambiente. A preservação envolve o uso sustentável dos recursos naturais para atender às necessidades humanas, enquanto a preservação envolve a proteção completa do meio ambiente, incluindo a proteção de espécies ameaçadas e seus habitats naturais.

Ambas são importantes na gestão do meio ambiente e na garantia de um futuro sustentável para as gerações futuras.

FONTES