Projeto visa salvar 50 hectares de mata nativa e 77 espécies no Litoral do Paraná

Nos próximos cinco anos, a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e a BAT Brasil, subsidiária da British American Tobacco no país, estarão unindo esforços para apoiar a conservação da biodiversidade em áreas da Grande Reserva Mata Atlântica, localizada no litoral do Paraná.

Foto: Reginaldo Ferreira/Divulgação SPVS
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Em parceria, essas instituições se comprometem a conservar e restaurar 50 hectares de áreas nativas, além de plantar quase cinco mil mudas de 77 espécies endêmicas do bioma Mata Atlântica. O objetivo é enriquecer os remanescentes florestais da Reserva Natural das Águas, uma das três Unidades de Conservação (UCs) de propriedade da SPVS, situadas em Antonina e Guaraqueçaba.

Enquanto a Reserva Natural das Águas e a Reserva Natural Guaricica estão localizadas em Antonina, a Reserva Natural do Papagaio-de-cara-roxa está em Guaraqueçaba. Assim, o projeto “Gestão territorial voltada à Produção de Natureza”, conduzido pela SPVS em parceria com a BAT Brasil, visa contribuir para a restauração ecológica desses ambientes.

A iniciativa se destaca pelo esforço conjunto de conservar áreas naturais já estabelecidas, mas ainda não em estágio clímax, e restaurar florestas enriquecendo a diversidade de espécies em áreas florestais em estágio inicial da Reserva Natural das Águas. Essas ações prometem contribuir para a manutenção e ampliação dos processos ecológicos nessas áreas, gerando serviços ecossistêmicos para a sociedade.

Defensores dos campos e matas paulistas | Florestal Brasil

Com mais de três mil hectares de áreas nativas de Mata Atlântica, a Reserva das Águas faz parte de um conjunto de três reservas mantidas pela SPVS, totalizando mais de 19 mil hectares de bioma que estão sendo recuperados, protegidos e conservados desde 1990.

O coordenador das reservas da SPVS, Reginaldo Ferreira, explica que do total de 50 hectares, 30 serão conservados e os outros 20 passarão por incremento no processo de restauração. Desses 20 hectares, 19,51 receberão a técnica de enriquecimento vegetal, enquanto os restantes 0,56 serão beneficiados com técnicas de plantio em áreas abertas.

Todas as mudas estão sendo produzidas desde janeiro de 2023 no viveiro da SPVS, utilizando sementes coletadas nas três Reservas Naturais da SPVS, garantindo assim as condições genéticas qualificadas das espécies produzidas.

As principais espécies trabalhadas nas áreas abertas serão o Ingá Vermelho (Inga edulis) e a Capororoca (Myrcine coreacea), enquanto nas áreas de enriquecimento vegetal serão outras espécies, principalmente as “secundárias tardias” da Mata Atlântica, distribuídas entre as 4.187 mudas produzidas.

Natasha Choinski, analista de processos ambientais e coordenadora de projetos na SPVS, acrescenta que, somando o Ingá Vermelho e a Capororoca, estão sendo trabalhadas 77 diferentes espécies neste projeto.

O monitoramento de todos os trabalhos é realizado por meio de um sistema de informações geográficas SIG avançado, proporcionando um mapeamento detalhado de todas as áreas de plantio.

Fonte: Tribuna


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Arthur Brasil

Engenheiro Florestal formado pela FAEF. Especialista em Adequação Ambiental de Propriedades Rurais. Contribuo para o Florestal Brasil desde o inicio junto ao Lucas Monteiro e Reure Macena. Produzo conteúdo em diferentes níveis.

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