Projeto PRODES estima 7.989 km2 de desmatamento na Amazônia em 2016

Esse é o maior número divulgado pelo governo federal desde 2009, quando se registrou 7.464 km².


A estimativa da taxa de desmatamento na Amazônia do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foi finalizada e aponta a taxa de 7.989 km2 de corte raso no período de agosto de 2015 a julho de 2016. Os estados que mais desmataram foram o Pará (37,86%), Mato Grosso (18,87%), Rondônia (17,45%) e Amazonas (13,75%).


A taxa de desmatamento estimada pelo PRODES 2016 indica um aumento de 29% em relação a 2015, ano em que foram medidos 6.207 km2. No entanto, a taxa atual representa uma redução de 71% em relação à registrada em 2004, ano em que foi iniciado pelo Governo Federal o Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), atualmente coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Fonte: Inpe.


Com o PRODES, o INPE realiza o monitoramento sistemático na Amazônia Legal e produz, desde 1988, as taxas anuais de desmatamento na região, que são usadas pelo governo brasileiro para avaliação e estabelecimento de políticas públicas relativas ao controle do desmatamento ilegal. Os dados são imprescindíveis para toda a sociedade e embasam ações bem-sucedidas como a Moratória da Soja e Termo de Ajuste de Conduta da cadeia produtiva de carne bovina, entre outras iniciativas.



O mapeamento utiliza imagens do satélite Landsat (30 metros de resolução espacial e frequência de revisita de 16 dias) ou similares, numa combinação que busca minimizar a cobertura de nuvens, para registrar e quantificar os eventos de desmatamento com áreas maiores que 6,25 hectares. Considera se como desmatamento a remoção completa da cobertura florestal primária por corte raso, seguida ou não por ocorrência de fogo e independentemente da futura utilização destas áreas.

A tabela abaixo apresenta a comparação das taxas de 2016 com as respectivas taxas consolidadas para o ano de 2015, para os estados que compõem a Amazônia Legal.

Comparação 2015 – 2016. Fonte: Inpe.

Para gerar esta estimativa, o INPE analisou 89 imagens do satélite Landsat 8/OLI selecionadas para atender a dois critérios: 1) cobrir regiões onde foram registrados aproximadamente 90% do desmatamento no período anterior (agosto/2014 a julho/2015) e 2) cobrir os 50 municípios prioritários para fiscalização referidos no Decreto Federal 6.321/2007 e atualizado em 2009.

No endereço eletrônico do Projeto PRODES são disponibilizadas, para os estados da que compõem a Amazônia Legal, as taxas de desmatamento anual (km²/ano) desde o ano de 1988 até 2016. Clique aqui e acesse as tabelas.



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