Pesquisadores deram um passo adiante no estudo sobre o Alzheimer. Em teste com ratos, eles descobriram que aqueles que inalaram mentol tiveram uma melhora em suas capacidades cognitivas.
O que é o mentol?
O mentol é um composto orgânico obtido principalmente a partir do óleo essencial de diversas espécies de menta, especialmente da hortelã-pimenta (Mentha piperita). Ele é conhecido por suas propriedades refrescantes e aroma característico.
Devido ao seu efeito descongestionante, é frequentemente presente em medicamentos para resfriados e gripes, como inaladores, pastilhas e xaropes para a tosse. Ele ajuda a aliviar a congestão nasal e a facilitar a respiração.
Mentol age como um imunoestimulante
Os investigadores notaram que, com o uso do mentol, houve uma redução na proteína interleucina-1-beta (IL-1β), que ajuda a regular a resposta inflamatória do corpo.
Essa resposta pode oferecer proteção natural, mas que causa danos quando não é controlada adequadamente.
A equipe por trás do estudo afirma que ele mostra o potencial de determinados cheiros serem usados como terapias para o Alzheimer.
De acordo com os autores do estudo, foi possível confirmar que o mentol é um odor que estimula o sistema imunológico em modelos animais.
Mas, surpreendentemente, eles observaram que exposições curtas a esta substância preveniram o declínio cognitivo nos ratos com Alzheimer. E, o que é mais interessante, também melhoraram a capacidade cognitiva de ratos jovens saudáveis.
Como foram os testes com os camundongos?
Os pesquisadores fizeram o tratamento com mentol em camundongos com Alzheimer por um período de seis meses. Esse tempo foi suficiente para impedir a deterioração das habilidades cognitivas e de memória dos animais.
Além disso, parece que o mentol empurrou a proteína IL-1β de volta a níveis seguros no cérebro.
Quando os investigadores reduziram artificialmente o número de células T reguladoras (Treg) – que ajudam a manter o sistema imunitário sob controle – eles observaram alguns dos mesmos efeitos, abrindo um caminho possível que tratamentos futuros.
LEIA TAMBÉM: Expansão da soja no leste amazônico provocou perda de R$10 bi em serviços ambientais
O que é o Alzheimer e como ele se manifesta?
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que, com o tempo, provoca um declínio contínuo nas funções cognitivas e na memória.
Inicialmente, a doença pode se manifestar com esquecimentos leves, como dificuldades em lembrar eventos recentes ou nomes de pessoas conhecidas. Entretanto, à medida que avança, os sintomas tornam-se mais graves e abrangentes.
Além disso, a doença de Alzheimer afeta a capacidade de uma pessoa realizar tarefas cotidianas. Por exemplo, pode haver dificuldade em planejar ou resolver problemas, como seguir uma receita familiar ou pagar contas mensais.
Com o tempo, tarefas simples, como vestir-se ou tomar banho, também se tornam desafiadoras.
Quais os primeiros sinais de Alzheimer?
De acordo com a Alzheimer’s Acossiation, os sinais de Alzheimer na fase inicial podem não ser amplamente aparentes.
No entanto, a família e os amigos próximos podem notá-los.
Esses sinais incluem esquecimento, dificuldade em encontrar palavras ou nome certo e desorientação no tempo e espaço.
Conforma a doença vai avançando, os sintomas tornam-se mais graves, aumentando a necessidade de cuidados mais intensivos.
Fonte: Catraca Livre
Descubra mais sobre Florestal Brasil
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.