A árvore de cerne avermelhado da Mata Atlântica que serviu de tintura no passado colonial, é usada como madeira do arco dos melhores violinos e está intimamente associada à designação de sua terra natal, mudou oficialmente de nome científico e virou a primeira e única espécie de um novo gênero.
Pesquisadores do Canadá, Suíça, Reino Unido e Brasil fizeram análises filogenéticas com amostras do DNA de 173 das 205 espécies de plantas do grupo Caesalpinia e determinaram, entre outros resultados, que o pau-brasil é uma árvore tão distinta que faz jus a um gênero próprio (Phytokeys, 12 de outubro).
A espécie, que Lamarck denominou Caesalpinia echinata em 1785, foi agora rebatizada de Paubrasilia echinata. Segundo os autores do trabalho, entre os quais o taxonomista de plantas Luciano Paganucci de Queiroz, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), o pau-brasil apresenta material genético e traços morfológicos suficientemente diferentes para se tornar um gênero próprio.
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No estudo, os pesquisadores propõem uma reorganização taxonômica de todo o grupo Caesalpinia, até então dividido em 21 gêneros. Eles agruparam as espécies em 27 gêneros, sendo um deles o Ticanto, ainda de caráter provisório.
Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.
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