O eucalipto é uma das espécies mais relevantes da silvicultura brasileira, setor que planta estas árvores para fins industriais. Além do eucalipto, outras espécies comuns da silvicultura brasileira são pinus e teca. O setor tem se tornado cada vez mais relevante na economia brasileira, e gerou, em 2017, 3,7 milhões de empregos diretos, indiretos e resultante do efeito renda e uma receita de R$ 71,1 bilhões, o que representa 6,2% do PIB Industrial do país.
Fonte: Pinterest, Eucalipto.
São quase 8 milhões de hectares destinados para fins produtivos e outros 5,6 milhões de hectares voltados à conservação de ecossistemas naturais, mais do que o dobro do que conservava em 2013 quando somavam 2,1 milhões de hectares. Entre áreas produtivas e áreas de conservação, para cada 1 hectare plantado para fins industriais, outro 0,7 hectare é conservado por meio de Áreas de Preservação Permanente (APPs), de Reserva Legal (RL) e de Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs). Além disso, a indústria de árvores plantadas ainda recupera áreas degradadas previamente pela ação do homem, agindo além do que prevê a legislação ambiental brasileira. Vale ressaltar que nenhum outro país ou setor destina tamanha área para conservação dos recursos naturais.
O setor florestal faz a gestão de seus plantios, levando em consideração a paisagem, desenvolvendo plantios em mosaicos, onde as florestas de eucalipto são intercaladas com vegetação nativa, áreas de restauração e a formação de corredores ecológicos, o que permite a regularidade na disponibilidade de recursos hídricos, conservação do solo, melhoria na qualidade da água e incremento da biodiversidade local.
Fonte: Pinterest, Eucalipto.
A interação das plantações de eucalipto com os recursos hídricos vem sendo estudada há mais de 30 anos, por universidades e institutos de pesquisa, principalmente os impactos nas bacias hidrográficas.
Segundo estudo da Embrapa, a cultura do eucalipto – implantada com manejo correto – não prejudica o solo. ‘Florestas plantadas são alternativa potencial para a recuperação de pastagens degradadas sob vários aspectos da conservação de solos e de recursos hídricos, incluindo a redução da erosão superficial e de deslizamentos, melhoria na qualidade da água, retenção de nutrientes e moderação das vazões máximas’. Como qualquer cultura agrícola, as plantas precisam de água. No entanto, o eucalipto é uma árvore com ótima capacidade de produção de madeira e usa a mesma quantidade de água – ou menos – do que outras culturas para produzir mais biomassa.
É importante ressaltar que o eucalipto não é diferente de nenhuma espécie viva, e necessita de água para suas funções fisiológicas. Quando manejadas adequadamente (clones apropriados às regiões onde estão inseridos), estas florestas têm um papel relevante na regulação dos fluxos hídricos das bacias em que pertencem e na conservação do solo. Diferentemente de uma área degradada (sem cobertura vegetal), quando chove, a copa e o tronco das árvores amortecem o impacto da água no solo, permitindo que a taxa de infiltração seja maior, o que possibilita a recarga do lençol freático. Assim, o escoamento superficial da água e a lixiviação diminuem, evitando também assoreamento dos rios. Por isso reiteramos o papel regulador, pois nos períodos secos, a água armazenada nos lençóis, pode abastecer os cursos de água.
Hoje, a visão da sustentabilidade é prioritária na agenda e nos planos estratégicos das empresas da cadeia produtiva de árvores plantadas. O conceito se apoia em um tripé econômico, ambiental e social. Alinhar resultados financeiros, conservação ambiental e bem-estar da população é condição para o sucesso, o desenvolvimento e a continuidade do próprio negócio.
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