O Brasil precisa do Elon Musk para monitorar a Amazônia?

Um dos temas comentado por Musk à sua visita ao Brasil, é a o uso da tecnologia da SpaceX para ajudar na preservação da Amazônia através do monitoramento e no desenvolvimento da região. Mas ainda não há detalhes sobre como será realizada essa colaboração.

monitoramento da Amazônia
Bolsonaro e Elon Musk posam para foto — Foto: Reprodução/Redes sociais

O monitoramento via imagens de satélites do desmatamento na Amazônia Legal já acontece e é função do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, desde 1988. O nível de precisão das imagens é de 95%, segundo o próprio instituto.

Apesar da alta taxa de desmatamento detectada, com mais de 13 mil km² de desmatamento pela plataforma Prodes (leia abaixo os sistemas do Inpe), o monitoramento não resulta em fiscalização: dados divulgados em fevereiro deste ano apontam que apenas 1,3% dos alertas resultaram em ações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

Para fazer a observação, já são usados três tipos de sistemas:

  • Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes);
  • Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter)
  • TerraClass, que mapeia o uso da terra após o desmatamento, em parceria com a Embrapa.

O Prodes levanta as taxas anuais de desmatamento. São usadas aproximadamente 220 imagens do satélite americano Landsat-5/TM, que tem de 20 a 30 metros de resolução espacial (ou seja, cada ponto da imagem corresponde a uma área de 400 a 900m²).

Já o Deter é usado desde 2004 para detectar o desmatamento em “tempo real” em áreas maiores do que 3 hectares (30 mil m²). O sistema serve de alerta para dar apoio a ações de fiscalização do Ibama e não deve ser entendido como taxa mensal de desmatamento.

Por fim, há a divulgação dos dados do TerraClass feita a cada dois anos. O objetivo deste monitoramento é saber qual foi o uso da terra após o desmatamento. O levantamento é feito em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Alerta de desmatamento na Amazônia se elevam ainda mais em abril

A atuação da empresa na Amazônia deve contribuir para desenvolvimento da região. Há algumas semanas, o governo do Amazonas afirmou que mantinha contato com a empresa de tecnologia aeroespacial.

Elon Musk demonstrou interesse em trazer investimentos para cá e vamos trabalhar para consolidar esse negócio. Venham conhecer a Amazônia. A Amazônia está chamando vocês”, disse o governador do Amazonas, Wilson Lima sobre o interesse do bilionário.

Antes do encontro com o governo brasileiro, Musk já havia manifestado interesse em iniciar operações da Starlink na região da floresta amazônica.

Fonte: G1


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Arthur Brasil

Engenheiro Florestal formado pela FAEF. Especialista em Adequação Ambiental de Propriedades Rurais. Contribuo para o Florestal Brasil desde o inicio junto ao Lucas Monteiro e Reure Macena. Produzo conteúdo em diferentes níveis.

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