No MT termômetro registra até 67 °C no solo e ameaça a soja

A temperatura do solo atingiu níveis alarmantes, chegando a 67°C, representando uma ameaça significativa para a produção de soja em Mato Grosso. A falta de chuvas regulares tem se revelado como um desafio crítico para os agricultores nas principais regiões produtoras do estado, especialmente em Paranatinga. As altas temperaturas e a ausência de umidade no solo estão causando grande apreensão entre os agricultores. Alguns deles relataram temperaturas tão extremas quanto 67°C.

termômetro registra até 67 °C
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural MT

As condições de estiagem e altas temperaturas estão colocando em risco a produtividade das plantações de soja no estado, tornando-se o foco principal desta edição do Patrulheiro Agro.

Os produtores que já plantaram a cultura estão preocupados com a possibilidade de terem que replantar devido à escassez de água. Enquanto isso, aqueles que ainda não começaram o cultivo temem pela qualidade das sementes armazenadas e pela viabilidade da segunda safra de milho, cuja janela de plantio está se estreitando a cada dia.

Por exemplo, o agricultor Rubilar Pedro Filho, que iniciou o plantio no início de outubro, enfrentou 20 dias sem chuva e estima que terá que replantar cerca de 10% dos 600 hectares destinados à soja nesta safra. Ele descreve a situação crítica das plantas que já brotaram, sofrendo com as altas temperaturas e a falta de umidade no solo.

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Os agricultores tinham inicialmente expectativas de alta produtividade, visando superar as 65 sacas por hectare, mas estão agora enfrentando uma situação sem precedentes. A produção de milho já foi descartada em 100% devido às adversidades climáticas. A estratégia agora é focar na safra de soja da melhor maneira possível e considerar culturas de safrinha com menor risco.

Em outra propriedade da região, onde a soja deve ocupar 2,4 mil hectares, a falta de umidade no solo prejudicou o desempenho das plantas recém-germinadas e ameaça muitas que ainda estão na fase de germinação. O agricultor Bruno Pierdona observa que, em 18 dias, não acumulou nem 100 milímetros de chuva e provavelmente terá que replantar toda uma área.

A situação da safra é descrita como complexa, com riscos significativos para a rentabilidade dos agricultores em comparação com o investimento feito.

Na propriedade de Guilherme Techio, a preocupação é ainda mais profunda, já que metade dos 4 mil hectares destinados à soja nesta safra está sendo afetada pelas altas temperaturas do solo. De acordo com o agricultor, 30% da área pode precisar de replantio. As temperaturas do solo relatadas chegam a até 67°C, com uma sensação térmica de 49°C a 50°C, devido à baixa umidade e ao calor intenso. Isso está levando ao enfraquecimento das plantas, e a colheita provavelmente enfrentará desafios de uniformidade.

Em resumo, a combinação de altas temperaturas, escassez de chuvas e umidade insuficiente está representando uma séria ameaça à produção de soja em Mato Grosso, resultando em preocupações quanto à viabilidade das lavouras e da segunda safra de milho. Os agricultores estão enfrentando desafios significativos e riscos financeiros em decorrência dessas condições climáticas adversas.

Fonte: Canal Rural


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Arthur Brasil

Engenheiro Florestal formado pela FAEF. Especialista em Adequação Ambiental de Propriedades Rurais. Contribuo para o Florestal Brasil desde o inicio junto ao Lucas Monteiro e Reure Macena. Produzo conteúdo em diferentes níveis.

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