Microchip à base de madeira

Essa inovação foi divulgada no artigo High-performance green flexible electronics based on biodegradable cellulose nanofibril paper, em 2015 na revista Nature Communications.
Em um esforço para aliviar o impacto ambiental de dispositivos eletrônicos, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison colaborou com pesquisadores do Laboratório de Produtos Florestais do Departamento de Agricultura dos EUA para desenvolver uma solução surpreendente: um chip semicondutor feito quase que inteiramente de madeira.
O material utilizado é a nanofibrilas de celulose, flexível e biodegradável retirada da madeira. A invenção torna os chips de computador tradicionalmente não renováveis, não biodegradáveis ​​e potencialmente tóxicos, em materiais tão seguros que podem ser descartados na natureza, onde se degradam naturalmente.
Os dois principais desafios a serem superados no trabalho de desenvolvimento foram suavidade da superfície e o potencial expansão da nanofibrila de celulose. Ambos são devidos ao fato da madeira ser um material natural, capaz de absorver a umidade do ar e, portanto, se expandir. Ambos os desafios foram superados com um revestimento de epóxi.
A ideia do grupo de pesquisadores ao propor essa solução é substituir a maior parte dos processadores e chips por material biodegradável ou mesmo reaproveitável. Para demonstrar a viabilidade da técnica, eles utilizaram um substrato de madeira para criar um chip de 5 por 6 milímetros, com 1.500 transistores de arseneto de gálio, material padrão usado pela indústria eletrônica para a fabricação de circuitos integrados. Segundo os pesquisadores, o protótipo apresentou desempenho semelhante aos circuitos integrados usados atualmente.

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