Governo do Mato Grosso veta projeto de lei que reclassificaria áreas da Amazônia como Cerrado

Amazônia e Cerrado MT
Projeto de lei previa mudanças na classificação de biomas e abria novos caminhos para o desmatamento na Amazônia. Crédito: Wenderson Araújo/CNA

O governo do Mato Grosso vetou integralmente um projeto de lei que propunha a reclassificação de áreas da Amazônia como Cerrado. A decisão, anunciada nesta semana, gerou debates sobre os impactos ambientais e a preservação dos biomas brasileiros.

O projeto, que havia sido aprovado pela Assembleia Legislativa do estado, buscava alterar a classificação de determinadas áreas, permitindo que regiões originalmente consideradas parte da Amazônia fossem reclassificadas como Cerrado. Essa mudança poderia abrir caminho para a expansão de atividades agropecuárias e de mineração, já que o Cerrado possui regras menos restritivas em comparação com a Amazônia.

Ambientalistas e organizações de defesa do meio ambiente comemoraram o veto, argumentando que a reclassificação colocaria em risco a biodiversidade e aceleraria o desmatamento. Eles destacaram que a Amazônia é um bioma crucial para o equilíbrio climático global e que sua preservação é essencial para combater as mudanças climáticas.

O Florestal Brasil foi atuante na divulgação dos impactos negativos que a aprovação do projeto de lei poderia causar ao setor produtivo e ao meio ambiente. Confira no vídeo abaixo:


Por outro lado, setores do agronegócio e da mineração defendiam a proposta, alegando que a reclassificação traria desenvolvimento econômico para a região e regularizaria áreas que, segundo eles, já estão consolidadas como Cerrado.

O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, justificou o veto afirmando que a medida poderia gerar conflitos com a legislação federal e comprometer acordos internacionais relacionados à preservação ambiental. Ele também ressaltou a importância de alinhar as políticas estaduais com as metas de redução do desmatamento e de promoção do desenvolvimento sustentável.

A decisão do governo do Mato Grosso ocorre em um momento de crescente pressão internacional sobre o Brasil para que adote medidas mais efetivas na proteção da Amazônia. O veto ao projeto de lei é visto como um sinal de compromisso com a agenda ambiental, mas também reflete os desafios de conciliar desenvolvimento econômico e conservação dos recursos naturais.

Enquanto isso, o debate sobre o uso e a proteção dos biomas brasileiros continua, com diferentes setores da sociedade defendendo seus interesses. A questão permanece complexa, exigindo diálogo e soluções que equilibrem as necessidades econômicas e ambientais do país.

fonte: Tempo.com


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