frequente, o homem hoje é um dos maiores responsáveis por causar danos ao meio
ambiente.
plantas e animais, causando impacto negativo também na água, no solo e no ar.
Quando realizamos uma atividade, estamos cientes de que ela pode trazer impacto
negativo ao ambiente e é por isso toda empresa que queira abrir um negócio que
gera algum tipo de impacto tem que realizar o Estudo de Impacto Ambiental – EIA
e o Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. O problema ocorre quando essas
medidas falham ou não são estudas de forma correta.
desastres ambientais que ocorreram no Brasil e no mundo são consequência,
principalmente, da estrutura precária de algumas instalações e falta de
manutenção constante para evitar o risco de acidentes. A falta de fiscalização pelos
órgão competentes ajudam no problema, já que a vistoria de instalações deveriam
ser feitas com mais frequência. Isso poderia ser resolvido com leis mais
severas e maior consciência por parte das empresas.
tudo, criamos uma lista dos maiores desastres ambientais do Brasil, alguns
podem ser taxados até como criminoso, mas não deixa de ser um desastre.
Infelizmente quem sofre não é os culpados pela más ações, mas sim aqueles que
dependem da vida no entorno dos locais.
no Paraná
série de incêndios florestais entre os meses de agosto e setembro de 1963 causou
uma tragédia histórica, foram ao todos 110 pessoas mortas e 10% do território
(128 cidades) do estado foi consumido pelas chamas, cerca de dois milhões de
hectares foram completamente devastados, sendo 20 mil hectares de plantações,
500 mil de florestas nativas e 1,5 milhão de campos e matas secundárias. Além
de perdas de vida humana, milhares de animais também foram mortos, entre
animais silvestres e animais de criação. Foi o pior incêndio registrado no Brasil e um
dos maiores do mundo.
dos incêndios, havia acontecido uma geada forte, e a vegetação estava muito
seca, o que facilitou a propagação do fogo.
14 de agosto de 1963 foram noticiados os primeiros focos de incêndios em
Guaravera, Paiquerê e Tamarana, que eram distritos de Londrina. Mais
tarde provocou a perda de pelo menos 15 milhões de araucárias. O relatório
do governo estadual da época revelou que o município de Ortigueira teve
90% da área queimada. Mais de 70% das reservas florestais das Indústrias Klabin de
Papel e Celulose, cultivadas em uma fazenda de Tibagi, se perderam. Só
nesse local, 200 milhões de araucárias foram destruídas. A ajuda para combater
o incêndio veio de outros estados, com o fornecimento de helicópteros e aviões. O
fogo cessou naturalmente com a volta da chuva.
Cubatão
jornal americano batizou o polo petroquímico de Cubatão/SP como “Vale da
Morte”. As indústrias localizadas na cidade de Cubatão despejavam no ar
toneladas de gases tóxicos por dia, gerando uma névoa venenosa que afetava o
sistema respiratório e gerava bebês com deformidades físicas, sem cérebros. O
polo contaminou também a água e o solo da região, trazendo chuvas ácidas e
deslizamentos na Serra do Mar.
Vila Socó
fevereiro de 1984, um falha nos dutos subterrâneos da Petrobras espalhou 700
mil litros de gasolina nos arredores da Vila Socó, em Cubatão/SP. Após o
vazamento, um incêndio destruiu parte de uma comunidade local, deixando quase
cem mortos e destruiu pelo menos 500 casas.
setembro de 1987 em Goiânia/GO, ocorreu um dos maiores casos de exposição à
radiação no país e no mundo. Nessa ocasião, dois catadores de lixo encontraram
um aparelho de radioterapia em um prédio abandonado. Acreditando que o aparelho
lhes renderia uma boa quantia em dinheiro, levaram o objeto até a casa de um
deles e, posteriormente, venderam-no para o dono de um ferro-velho.
ferro-velho, o equipamento foi aberto e observou-se no seu interior um pó
brilhante de coloração azulada: o cloreto de césio-137. Sem saber do que se
tratava e encantado pela cor do césio, o dono do ferro-velho levou-o para casa
e mostrou para várias pessoas de sua família e amigos. Todas as pessoas que
tiveram contato com o produto tiveram sinais de intoxicação.
material foi levado para análise e descobriu-se que se tratava de um produto
radioativo. Pelo menos quatro morreram devido à exposição, e centenas de outras
desenvolveram doenças. Em 1996, a Justiça condenou, por homicídio culposo, três
sócios e um funcionário do hospital abandonado. A pena foi de três anos e dois
meses de prisão. Porém, as penas foram trocadas por prestação de serviços
voluntários.
óleo na Baía de Guanabara
dia 18 de janeiro de 2000, um duto da Petrobrás que ligava a Refinaria Duque de
Caxias (Reduc) ao terminal Ilha d’Água, na Ilha do Governador, rompeu-se. O
Ibama aplicou duas multas à Petrobras, uma de R$ 50 milhões e outra de R$ 1,5
milhão, após o vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo in natura na Baía de
Guanabara, no Rio de Janeiro/RJ. Esse grande vazamento matou praticamente todo
o ambiente marinho da região, afetando diretamente a economia, já que vários
pescadores tiveram que abandonar a área que antes era rica em peixes.
óleo em Araucária
Em julho de 2000, 4 milhões de litros de óleo foram derramados em Araucária/PR.
O Ibama aplicou três multas à Petrobras, totalizando R$230 milhões, devido aos
grandes danos causados pelo vazamento na refinaria Presidente Getúlio Vargas.
barragem em Cataguases
março, ocorreu o rompimento de barragem de celulose na região de Cataguases/MG,
com vazamento de 520 mil m³ de rejeitos compostos por resíduos orgânicos e soda
cáustica. Os resíduos atingiram os rios Pomba e Paraíba do Sul, originando
prejuízos ao ecossistema e à população ribeirinha, que teve o abastecimento de
água interrompido. O incidente também afetou áreas do Estado do Rio de Janeiro.
O Ibama aplicou multa de R$ 50 milhões à empresa Florestal Cataguases LTDA. e
Indústria Cataguases de Papel.
barragem em Miraí
janeiro de 2007 houve rompimento de barragem de mineração na região de
Miraí/MG, causando um vazamento com mais de 2.280.000m³ de água e argila
(lavagem de bauxita). Uma das placas do sistema de segurança que controla o
nível de água da barragem quebrou, transbordando os resíduos líquidos. O
incidente desalojou quase um terço dos moradores, correspondente a mais de 4
mil pessoas. O nível da água do rio em Muriaé também aumentou em mais de 4
metros, causando o alagamento de mais de 1200 casas. O órgão estadual aplicou
multa de R$ 75 milhões à empresa Mineração Rio Pomba Cataguases.
região serrana do Rio
janeiro, em decorrência de um elevadíssimo nível de chuvas na região serrana do
Rio de Janeiro, uma série de deslizamentos e enxurradas destruiu casas nas
regiões de encosta. Foram totalizadas aproximadamente 800 mortes. As chuvas,
principalmente nas regiões Sudeste e Sul, costumam ser as grandes causadoras de
acidentes naturais. Em 2008, a região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina,
sofreu uma grande enchente, que resultou em mais de 100 mortes.
em Bacia de Campos
No dia 08 de novembro de 2011, a petroleira norte-americana Chevron foi
responsável por um derramamento de óleo de grandes proporções na Bacia de
Campos, no Rio de Janeiro/RJ. O Ibama aplicou duas multas à empresa, uma de R$
50 milhões e outra de R$ 10 milhões, pelo vazamento de 3,7 mil barris de óleo
no Campo de Frade. Estima-se que a mancha provocada pelo vazamento no mar tenha
chegado a 162 km², o equivalente à metade da Baía de Guanabara. Especialistas
registraram uma grande quantidade de animais mortos nas áreas afetadas pela
mancha. A empresa americana Chevron, responsável pela perfuração do poço que
vazou, foi condenada a pagar uma indenização de R$ 95 milhões ao governo
brasileiro para compensar os danos ambientais causados.
Ultracargo
o segundo maior incêndio do mundo, as chamas atingiram tanques de produtos
químicos, causando grandes explosões que duraram 9 dias até que o fogo fosse
controlado. O incêndio levou a morte de milhões de peixes e afetou diretamente
a vida local da comunidade. A Ultracargo foi multada pelo órgão estadual de
meio ambiente em R$ 22,5 milhões por lançar efluentes líquidos no estuário, em
manguezais e na lagoa contígua ao terminal. Foram também emitidos efluentes
gasosos na atmosfera, colocando em risco a segurança das comunidades próximas,
dos funcionários e de outras instalações localizadas na mesma zona industrial.
barragem de Mariana
incidente, considerado o maior desastre ambiental da história do Brasil, ocorreu
na barragem do Fundão da Samarco (Empresa da Vale) em Mariana/MG, onde provocou
a liberação de uma onda de lama de mais de dez metros de altura e com isso a
liberação de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos que destruiu o distrito
de Bento Rodrigues, no município de Mariana. O corpo de 18 vítimas foram encontrados
após o acidente. Além das perdas humanas, o acidente teve grande impacto
ambiental, uma vez que grandes regiões ficaram cobertas de lama e rios foram
atingidos pelos rejeitos. Nesse acidente, várias espécies morreram, tanto de
plantas quanto de animais e micro-organismos. Atualmente o Rio Doce encontrasse
poluído no Estado de Minas Gerais e Espirito Santo, havendo pouco ou quase nada
de reparo aos danos que fora causado a este recurso hídrico.
Minas Gerais, só nos últimos anos, ocorreram “acidentes” na Mineração Rio
Verde, em Nova Lima (2001), na Mineração Rio Pomba Cataguases, em Miraí (2007),
e na Mineração Herculano, em Itabirito (2014), e agora recentemente em
Brumadinho (2019).
Foto: Google Earth, antes e depois Mariana/MG. |
O que nos resta
Todos
esses desastres ambientais partem de um simples ponto em comum: nós seres
humanos.
que mais devíamos lembrar. Essa ‘porcaria’ que estamos destruindo é o nosso
lar, e por enquanto não temos outro.
uma pequena analogia que o “Pirulla”
(Paulo Miranda Nascimento, biólogo, paleontólogo)
formulou por esses dias em um vídeo para a empresa Vale, ele diz o seguinte:
O
Meio ambiente é como se fosse a sua mãe, depois que morreu não tem outra, e não
adianta colocar outra no lugar, só que, se por um acaso a sua mãe for assassinada,
é óbvio que você irá querer que os responsáveis sejam punidos, eu também iria
querer, é obvio que dá uma mínima sensação de justiça quando há a punição dos
bandidos, só que sua mãe está morta, entre eu ter que ficar ou fazendo vingança
ou procurando por justiça de uma mãe morta, eu prefiro uma mãe viva. Então
muito melhor que ficar remediando é prevenir, e isso a gente não está sabendo
fazer”.
desastres saíram do controle por apresentar erros que poderiam ser evitados com
maior rigidez e controle de todos os processos e ações envolvidas. Por isso, é
necessário dar tanta importância as leis ambientais que regem empresas e
empreendimentos com impacto ambiental.
são exemplos de desastres que ocorreram e ficaram conhecidos nacionalmente, mas
não é difícil encontrar pequenos exemplos de acontecimentos de menor escala que
afetam os municípios. Assoreamento de lagos e rios, lançamento de resíduos em
águas e desmatamento de matas ciliares são apenas exemplos que ocorrem
constantemente devido ao não cumprimento da lei e da falta de fiscalização dos
órgãos ambientais.
Descubra mais sobre Florestal Brasil
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.