Uma parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Associação Brasileira do Setor de Bicicletas (Aliança Bike) está em andamento para realizar um estudo inovador sobre o uso de bicicletas em parques e florestas nacionais em todo o Brasil. O objetivo principal é fazer um levantamento do cenário atual e identificar oportunidades de ampliação e criação de novos percursos e trilhas nas diversas unidades federais de conservação ambiental.
O acordo de cooperação, publicado no Diário Oficial da União em 27 de fevereiro, prevê a definição de estratégias inovadoras para conservação e educação ambiental, utilizando a prática do ciclismo como base. O estudo envolverá gestores, visitantes das unidades, ciclistas, pesquisadores e residentes locais, visando reunir informações essenciais para orientar políticas nacionais de incentivo ao uso da bicicleta.
Segundo Eduardo Barroso, analista ambiental do ICMBio, o levantamento permitirá avaliar o fluxo, volume e impacto positivo do cicloturismo nas unidades de conservação, representando o primeiro passo para uma compreensão aprofundada do uso da bicicleta nessas áreas.
Os resultados preliminares do estudo estão previstos para serem apresentados no início do segundo semestre deste ano.
Um exemplo destacado do potencial do uso de bicicletas em unidades federais de conservação é a Floresta Nacional de Brasília, onde um projeto-piloto em 2023 mapeou o fluxo de ciclistas na maior trilha de mountain bike sinalizada do país, o Circuito Flona. Com dados de contagem eletrônica, estima-se que pelo menos 75 mil ciclistas transitam pela unidade anualmente, resultando em maior segurança e atraindo mais visitantes.
Fábio dos Santos Miranda, chefe da Floresta Nacional de Brasília, destaca a importância da visitação nas unidades de conservação como aliada na proteção do ambiente, e acredita que o estudo previsto na parceria será um incentivo para oferecer novas opções de cicloturismo nas unidades de conservação, contribuindo para a formação do ‘Arco Brasília’ com 85 quilômetros de extensão.
As ações planejadas incluem levantar e organizar dados sobre o uso de bicicletas, inventariar a infraestrutura disponível, analisar documentação associada ao uso público, estudar bases de dados secundárias sobre o tema e consolidar um painel de especialistas para acompanhar a execução do estudo em conjunto com as organizações executoras.
Fonte: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
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