Um estudo inédito
publicado por pesquisadores do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da
Amazônia), da UnB (Universidade de Brasília), da UEG (Universidade
Estadual de Goiás) e da agência de pesquisa australiana Csiro
(Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation) – mostra o
potencial da tecnologia LiDAR (Laser Detection And Ranging ou
Sistema de Varredura a Laser) para melhor compreender a vegetação do
Cerrado típico, com árvores retorcidas e mais baixas. É a primeira vez
que essa tecnologia é aplicada no bioma.
publicado por pesquisadores do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da
Amazônia), da UnB (Universidade de Brasília), da UEG (Universidade
Estadual de Goiás) e da agência de pesquisa australiana Csiro
(Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation) – mostra o
potencial da tecnologia LiDAR (Laser Detection And Ranging ou
Sistema de Varredura a Laser) para melhor compreender a vegetação do
Cerrado típico, com árvores retorcidas e mais baixas. É a primeira vez
que essa tecnologia é aplicada no bioma.
Em
artigo científico publicado na revista “Forest Ecology and Management”, os
autores descrevem como o LiDAR pode, por exemplo, otimizar e dar melhor
precisão às estimativas de biomassa das árvores, especialmente onde a estrutura
da vegetação é esparsa. Isso é importante para, por exemplo, saber qual é o
imp
artigo científico publicado na revista “Forest Ecology and Management”, os
autores descrevem como o LiDAR pode, por exemplo, otimizar e dar melhor
precisão às estimativas de biomassa das árvores, especialmente onde a estrutura
da vegetação é esparsa. Isso é importante para, por exemplo, saber qual é o
imp
https://ipam.org.br/wp-content/uploads/2019/12/animation-1.mp4acto do desmatamento de uma área de Cerrado típico para o agravamento das
mudanças climáticas, ou quanto de carbono a regeneração tira da atmosfera.
mudanças climáticas, ou quanto de carbono a regeneração tira da atmosfera.
Pesquisadora do IPAM, Bárbara Zimbres, utilizando o LiDAR para estimar a biomassa no Cerrado. Foto: Divulgação/IPAM |
Os métodos mais comuns para medir a composição e estrutura da
vegetação – como o diâmetro ou a altura das árvores – são os de campo, nos
quais os pesquisadores realizam as medições de forma manual. Essa coleta pode
ser destrutiva ou não destrutiva. Na primeira, tem-se o corte da árvore, a
partir do qual mede-se o seu diâmetro, a sua altura, o seu peso e a densidade
da madeira. Esse é o método mais preciso e é com ele que os cientistas criam
uma equação que será usada como referência pelo método não destrutivo. Neste
último – o mais utilizado pelos pesquisadores – uma área de savana é definida –
conhecida como “parcela”, geralmente medindo 20×50 metros –, na qual não há corte
da árvore e são feitas as coletas dos dados de altura e diâmetro. Após definido
os dois parâmetros, aplica-se a equação de referência para a estimativa de
biomassa e, posteriormente, a quantidade de carbono de cada árvore.
vegetação – como o diâmetro ou a altura das árvores – são os de campo, nos
quais os pesquisadores realizam as medições de forma manual. Essa coleta pode
ser destrutiva ou não destrutiva. Na primeira, tem-se o corte da árvore, a
partir do qual mede-se o seu diâmetro, a sua altura, o seu peso e a densidade
da madeira. Esse é o método mais preciso e é com ele que os cientistas criam
uma equação que será usada como referência pelo método não destrutivo. Neste
último – o mais utilizado pelos pesquisadores – uma área de savana é definida –
conhecida como “parcela”, geralmente medindo 20×50 metros –, na qual não há corte
da árvore e são feitas as coletas dos dados de altura e diâmetro. Após definido
os dois parâmetros, aplica-se a equação de referência para a estimativa de
biomassa e, posteriormente, a quantidade de carbono de cada árvore.
Segundo o estudo, no caso da varredura por laser terrestre,
esses processos manuais, se realizados em florestas de Cerrado típico, podem
ser acelerados, obtendo resultados em 3D bem mais precisos
esses processos manuais, se realizados em florestas de Cerrado típico, podem
ser acelerados, obtendo resultados em 3D bem mais precisos
“Ter métodos que meçam a biomassa de forma precisa e rápida é muito
importante nesse contexto de degradação e desmatamento. Precisamos saber
o que estamos perdendo. Essa otimização aparece como uma aliada para
desenvolver mais conhecimento acerca dessas ameaças”, explica a
pesquisadora do IPAM e uma das autoras do estudo, Barbara Zimbres.
“Compreender as variações estruturais nos ecossistemas, como eles
funcionam, quais são suas respostas a perturbações e a mudanças
ambientais ajudam no planejamento de medidas de mitigação dos impactos
induzidos pelo homem”, complementa.
importante nesse contexto de degradação e desmatamento. Precisamos saber
o que estamos perdendo. Essa otimização aparece como uma aliada para
desenvolver mais conhecimento acerca dessas ameaças”, explica a
pesquisadora do IPAM e uma das autoras do estudo, Barbara Zimbres.
“Compreender as variações estruturais nos ecossistemas, como eles
funcionam, quais são suas respostas a perturbações e a mudanças
ambientais ajudam no planejamento de medidas de mitigação dos impactos
induzidos pelo homem”, complementa.
Até onde a luz alcança
A pesquisa foi realizada em três
áreas do Cerrado cujas formações são distintas: o Jardim Botânico do Distrito
Federal, uma área protegida onde há o Cerrado típico (árvores mais
dispersadas); a Fazenda de Água Limpa, propriedade da UnB, em Brasília, que
abriga mata de galeria (aquela que acompanha cursos d’água); e a Fazenda
Clementino, em Goiás, com vegetação arbórea mais densa e alta do que o Cerrado
típico, também chamada de “Cerradão”.
áreas do Cerrado cujas formações são distintas: o Jardim Botânico do Distrito
Federal, uma área protegida onde há o Cerrado típico (árvores mais
dispersadas); a Fazenda de Água Limpa, propriedade da UnB, em Brasília, que
abriga mata de galeria (aquela que acompanha cursos d’água); e a Fazenda
Clementino, em Goiás, com vegetação arbórea mais densa e alta do que o Cerrado
típico, também chamada de “Cerradão”.
“No Cerrado típico, conseguimos calibrar com o LiDAR um modelo bem
preciso para a biomassa. Nas outras fisionomias, contudo, essa varredura
foi menos certeira. Por serem mais altas, com sub-bosque mais denso, é
possível que o scanner não tenha conseguido capturar pontos da parte
mais elevada das árvores, resultando em um modelo pouco adequado”,
afirma Zimbres.
preciso para a biomassa. Nas outras fisionomias, contudo, essa varredura
foi menos certeira. Por serem mais altas, com sub-bosque mais denso, é
possível que o scanner não tenha conseguido capturar pontos da parte
mais elevada das árvores, resultando em um modelo pouco adequado”,
afirma Zimbres.
Confira o vídeo feito pelos pesquisadores utilizando o LiDAR:
https://ipam.org.br/wp-content/uploads/2019/12/animation-1.mp4
Fonte: IPAM
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