INPI lança projeto para agilizar exame de pedido de patentes inovadoras

O Instituto Nacional da
Propriedade Industrial
 (INPI),
vinculado ao
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC),
lançou no dia 19 de janeiro de 2016 o projeto “Prioritário BR”. O objetivo
principal é garantir que um pedido de patente inovadora depositado
originalmente no instituto, mas com depósito equivalente em outro país, receba
tratamento prioritário em sua análise.

“A ideia é que consigamos decidir
rapidamente, a fim de viabilizar que a empresa que depositou o pedido de
patente tenha maior capacidade e poder nas negociações. Estamos falando em
transferência de tecnologia ou mesmo para conseguir o licenciamento de sua
tecnologia, com a patente concedida pelo INPI”, informou o diretor de Patentes
do órgão, Júlio César Moreira. 
O diretor acrescentou que, dependendo da área
tecnológica e contando a partir da data do depósito, um pedido de patente leva
até 11 anos para ser analisado. “É muito demorado para quem tem necessidade de
colocar seu produto no mercado e de um contrato celebrado entre a empresa com
outra parte.”
De acordo com Moreira, com o “Prioritário BR”
o INPI pretende analisar a patente em prazo mais ágil. Segundo ele, a meta é de
nove meses a um ano. O diretor afirmou que a proposta é o INPI agilizar o
processo, de modo que a empresa coloque seu produto no mercado ou comece a
exportar produtos de alto valor agregado protegida pela patente.
Júlio César Moreira disse que o INPI não demora
em examinar e decidir um pedido de patente. “Nossa demora está em começar o
exame da solicitação de patente, devido ao número de pedidos que aguardam na
fila. Uma vez iniciado o exame, decidimos bem rápido.” Atualmente, cerca de 200
mil pedidos de patente estão pendentes. Os mais antigos são da área de
tecnologia da informação (TI), que datam de 2000/2001.
“Se levarmos em consideração que nessa área
de TI a tecnologia fica obsoleta em três ou quatro anos, precisamos ter
mecanismos mais rápidos de resposta e tratar de alguma maneira esse estoque
pendente de exames.” Para Moreira, isso pode ser resolvido com a priorização
dos exames, como o INPI está fazendo agora, ou com a contratação de pessoal.
Os proprietários de pedidos de patentes
mais antigos com primeiro depósito originário no Brasil e em outro país podem
se habilitar a participar do projeto Prioritário BR. “Eles terão direito de solicitar o exame. Nesse
caso, é só preencher o formulário. O INPI examina a viabilidade ou não,
confirma que o depósito do pedido não é só brasileiro e dá um tratamento
prioritário.” Para se candidatar ao tratamento prioritário, o dono de pedido de
patente não pode ter iniciado o exame no INPI.

Moreira destacou mecanismos de aceleração da
Lei da Propriedade Intelectual para casos prioritários. Quando o pesquisador ou
empresa deposita o pedido de patente no instituto, eles podem pedir a
publicação antecipada e pagar pelo exame antecipado.
“Ao fazer isso e uma vez tendo o pedido
depositado no país e no exterior, o solicitante pode pedir um exame
prioritário. “Ele sai da fila normal de processamento e vai para uma fila
especial, onde é processado rapidamente; em seguida, damos a resposta que ele
precisa sobre proteção ou não do seu pedido de patente.”
De acordo com a assessoria de imprensa do
INPI, após a concessão da patente pelo projeto “Prioritário BR”, o solicitante
brasileiro poderá pedir a priorização também nos Estados Unidos por meio do
projeto Patent Prosecution Highway (PPH), iniciado no dia 11 de janeiro. O
Brasil estuda ampliar para outros países o PPH.


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