Ibama entra em greve no Pará

A greve dos servidores federais ambientais no Pará terá início nessa segunda-feira (24). O anúncio foi feito pela Associação dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente e do PECM (Asibama/PA) à presidência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Segundo Matheus Santos, diretor da Asibama-PA, o movimento busca maior valorização profissional. “Nossa carreira não tem reajuste salarial há 10 anos. Estudos recentes mostram que a perda nominal de valorização salarial é de cerca de 24%. Quase um terço da nossa expectativa de trabalho está comprometida,” afirma.

Entre as demandas dos trabalhadores estão a equiparação salarial com a Agência Nacional de Águas (ANA) e a redução da diferença salarial entre técnicos ambientais-técnicos administrativos e analistas administrativos-analistas ambientais.

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Desde janeiro de 2024, atividades de campo, fiscalização e licenciamento já estavam suspensas pelos servidores. Agora, a greve deve se expandir para incluir outras áreas, como atividades administrativas. “Conseguimos algumas negociações com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), mas as propostas que recebemos foram muito distantes das nossas reivindicações. Na última rodada de negociações, o diálogo foi encerrado sem aceitar nossa contraproposta. Por isso, decidimos iniciar a greve,” explica Matheus.

A decisão sobre a data de início da paralisação foi tomada em reunião da Assembleia Geral da Asibama/PA, no dia 13 de junho.

No comunicado da associação, lê-se: “Apesar de entendermos que a greve agravará a já crítica situação dos serviços prestados pela categoria à sociedade, prejudicando as metas ambientais, a economia do país e compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, não vemos outra alternativa a não ser continuar a justa luta pela tão aguardada valorização e reestruturação da Carreira Ambiental.”

Ainda de acordo com Matheus Santos, alguns serviços essenciais como demandas referentes à exportação de madeira e emergências ambientais – como o combate a incêndios florestais – serão mantidos durante a greve.

Fonte: O Liberal