Insetos como a mariposa do inverno e a vespa asiática da castanha são a ruína de árvores valiosas e das pessoas que delas dependem e beneficiam. As pragas de insetos danificam cerca de 35 milhões de hectares de floresta a cada ano, com impactos particularmente catastróficos registrados quando espécies não-nativas chegam a ecossistemas nos quais não têm inimigos naturais.
Foto: http://referenciaflorestal.com.br |
A escala de impacto está aumentando com o crescente comércio internacional e os efeitos das mudanças climáticas. Felizmente, nas últimas décadas, a comunidade global acumulou considerável conhecimento sobre a aplicação de controlo biológico de pragas. A introdução de inimigos naturais de espécies invasoras dos seus países de origem têm-se mostrado uma ferramenta eficaz para combater sua expansão.
O novo Guia da FAO (em inglês) para o controle biológico clássico de pragas de insetos em florestas plantadas e naturais fornece informações de uma maneira clara e concisa para ajudar os gestores florestais nos países em desenvolvimento a desenvolver programas eficazes de controlo de pragas.
Clique aqui para acessar o site da FAO e baixar o guia
O guia está orinalmente em inglês, mas caso seja necessário, você pode tentar traduzir o PDF para português. Caso queira saber como traduzir um pdf usando o google clique aqui
O controle biológico clássico não erradica uma espécie invasora de pragas, mas trabalha para estabelecer uma população permanente e auto-sustentável de inimigos naturais que irá dispersar e suprimir uma população de pragas ou reduzir a velocidade com que se espalha. Quando bem sucedido, permite reduções no uso de inseticidas, com benefícios corolários para a saúde humana e ambiental.
O guia foi lançado durante a Sexta Semana da Floresta Mediterrânea no Líbano, e oferece uma série de estudos de caso, desde o besouro rinoceronte de côco – que devora côco e óleo de palma na região do Pacífico – o grande besouro que migrou da Sibéria para a Europa Ocidental – o inseto da Orthezia – um inseto omnívoro que chegou à pequena ilha de Santa Helena no Atlântico Sul e começou a dizimar árvores de madeira – e vários patógenos que estão cada vez mais a causas devastes nos eucaliptos. Em todos os casos, os esforços de controlo devem basear-se em conhecimento científico – geralmente mais acessível na pátria de uma praga em comparação com o local onde está causando problemas e avaliações de risco completas, cujos protocolos são explicados no novo guia, juntamente com princípios de biossegurança a serem seguidos quando as intervenções forem instensificadas e durante a monitorização da eficácia. Também essencial é a comunicação robusta para todas as partes interessadas desde o início de uma intervenção planeada.
O controlo biológico clássico também é útil para árvores de pomar, como demonstrado com a cochonilha de manga. Originária do sudeste da Ásia, surgiu na África Ocidental no início dos anos 80, onde começou a sugar a seiva das mangueiras – altamente valorizadas pela fruta e pela sombra, secretando uma substância que promove o mofo e limita a fotossíntese, levando a perdas de tanta 89 por cento no Benim. Os parasitóides hostis no habitat nativo do inseto foram identificados e introduzidos, levando a resultados espetaculares, com uma relação custo-benefício para a África subsaariana calculada em 1: 808 só em termos do valor da fruta. Notícia adaptada e traduzida para língua portuguesa.
Link da notícia original (em inglês): http://www.fao.org/news/story/en/item/1187397/icode/
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