by Em decreto emitido no dia 23 de junho de 2021, a Presidência da república oficializa e confirma os rumores que já existiam a respeito da saída do Ministro Ricardo Salles da pasta de Meio Ambiente do governo de Jair Messias Bolsonaro.
O agora Ex- Ministro, após a oficialização nomeou um ex-conselheiro de uma entidade ruralista para comandar a recém-criada Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais. Joaquim Álvaro Pereira Leite, que teve sua nomeação confirmada nesta segunda-feira (21), foi conselheiro da Sociedade Rural Brasileira (SRB) por 23 anos.
“Na agenda nacional, precisa ter união forte de anseio e esforços, e que isso se faça de forma mais serena possível. Pedi exoneração e serei substituído por Joaquim Álvaro Pereira Leite” Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente, a jornalistas.
Mas afinal, quem é o indicado do Ex- ministro?
De acordo com reportagem do jornal O Globo, Leite é conhecido no meio ruralista por ser um dos mais antigos integrantes da SRB e já ocupou outros cargos diretivos na entidade. Até então, ele atuava como Secretário de Florestas e Desenvolvimento Sustentável no próprio Ministério do Meio Ambiente e também Consta no site da SRB que o grupo apoia a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), conhecida como “bancada ruralista“. Além disso, a entidade já se posicionou publicamente em apoio a Salles.
E quanto às investigações a respeito da conduta do Ex- ministro?
Alvo de investigações, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, segue sendo investigado pela PF (Policia Federal) na operação Akanduba, que apura se Salles atuou para afrouxar o controle do Ibama sobre a exportação de madeira. Segundo as investigações, ele reuniu-se em março do ano passado com um grupo de madeireiros no Pará que vinham tendo cargas de madeira retidas em portos no exterior por falta da autorização do Ibama e executou buscas e apreensões entre servidores do ministério, dirigentes do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e empresários do ramo madeireiro.
Não esquecendo também do inquérito autorizado pela ministra Cármen Lúcia em junho de 2021; a Operação Handroanthus, também da PF, que apura a suposta prática de crimes com o objetivo de dificultar a fiscalização ambiental e impedir investigação que envolva organização criminosa, além de suposto crime de advocacia administrativa.
“Tivemos cuidado com todos os aspectos daquele ministério. Ao mesmo tempo, respeito também o agronegócio, empresários de todos os setores, de mineração, imobiliário. A necessidade de o Brasil de ter suas obras de infraestrutura, ser líder do agro. Esse equilíbrio importante que foi pedido pelo presidente desde o início decorre com o compromisso que temos com o Brasil“, disse Salles.
“Fizemos o maior programa de pagamento do mundo, fizemos também muito importante o início de uma negociação que se concretizara no fim do ano na Cop 16, os países ricos pagarem pelo carbono que usarem. Essa postura firme que tivemos permitiu que essa negociação se iniciasse. Fizemos também no âmbito do ministério uma série de outras medidas, que são justamente alinhadas pelo projeto escolhido para o BR em 2018 com a eleição do presidente Bolsonaro“, concluiu.
VEJA TAMBÉM:. Salles recua de proposta para reduzir meta oficial de preservação da Amazônia
Ainda a respeito do apoio declarado da “bancada ruralista” ao atual governo, vale lembrar do vídeo que foi postado pela entidade (SRB) dias depois da declaração feita por Salles na reunião ministerial divulgada em maio de 2021, onde o mesmo diz ao presidente Jair Bolsonaro que ele deveria aproveitar que a cobertura da imprensa voltada para o Coronavírus (COVID -19) e “passar a boiada” na área ambiental.
O que você acha dessa mudança na pasta ambiental com a saída do Ministro Ricardo Salles?
Fonte:. Brasil de Fato, O Globo, UOL
Descubra mais sobre Florestal Brasil
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
