A exemplo do que já acontece com diversas commodities que o Brasil
exporta ‘in natura’ e importa o produto acabado como o aluminio, ferro,
ouro e petróleo. A nova idéia do governo é voltar a exportar madeira em toras como o Brasil fazia em 1500.
Exploração de madeira nativa durante o período de colonização do Brasil (Fonte: Reprodução) |
estuda liberar a exportação de madeira in natura de árvores nativas da
Amazônia, conforme noticiou o Estado. A medida passou a
ser estudada após sugestão de empresários do setor, mas representaria
uma mudança inédita na legislação ambiental.
forma clandestina e continuar saindo do Brasil”, alegou Jair Bolsonaro a
jornalistas, após participar de evento na Vila Militar, na zona oeste
do Rio.
“Art. 6° A
exportação de madeira em tora de espécies nativas será permitida quando
proveniente de florestas plantadas, ou de plano de manejo florestal
sustentável aprovado pelo órgão ambiental competente, para utilização como produto final, justificada pelas características
tecnológicas e condicionada a parecer técnico do Ibama, cuja origem
deverá ser comprovada, conforme § 2º do art. 5º desta Instrução
Normativa”
Exportação de madeira exótica proveniente de florestas plantadas |
outros países a partir da liberação, pelo governo, da exportação de
árvores nativas da Amazônia, o que seria feito “in natura“, ou seja, sem nenhum tipo de beneficiamento e com a exportação de troncos de árvores da floresta, logo após serem cortados.
mercado das exportações de madeira dobre, saltando dos atuais R$ 600
milhões por ano para cerca de R$ 1,2 bilhão por ano.
governo não restrinja a extração dessas árvores a áreas de “planos de
manejo” da floresta, ou seja, aquelas regiões onde a extração é
autorizada e fiscalizada pelo governo. A ambição é ter autorização para a
extração de árvores em toda a Amazônia, sem restrições, para permitir
também que os donos de terras possam vender suas toras “in natura”, como
bem entenderem.
Elis Araújo, advogada do Instituto Socioambiental (ISA). |
implementar o que já existe, o PPCDAM, o governo incentiva o crime
ambiental. Primeiro, dificultando a autuação de madeireiras ilegais e,
agora, com essa proposta de exportação de toras in natura, aprofundando o
incentivo à ilegalidade e à destruição da Amazônia, patrimônio da
sociedade brasileira”, comenta Elis Araújo, advogada do Instituto Socioambiental (ISA). “Caso efetivada essa proposta, é
certa a judicialização contra a medida.”
industrializar mais nada no País. Uma coisa não exclui a outra. O que
queremos é ampliar o leque do que pode ser oferecido”, afirmou. “A
lógica é a ampliação da oferta. Temos chances de fidelizar novos
mercados, como a China. Não são todos os mercados interessados em
adquirir a madeira em tora.”
O pesquisador sênior do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Paulo Barreto, entende que a proibição atual de exportar toras não objetiva apenas a proteção ambiental, mas seu papel econômico nas atividades do País. “Faz parte de uma política de estímulo ao desenvolvimento local, ou seja, gerar empregos e receitas pelo processamento das toras. Portanto, liberar exportação de toras reduzirá a oportunidade de desenvolvimento local. A exportação de toras pode ser um problema ambiental se aumentar a exploração. Isso porque há muita extração ilegal”, avalia.
Madeira de ipê é exportada para diversos paises. |
pisos e outros produtos, o metro cúbico do ipê chega a custar até 2.500
dólares para exportação…. – Veja mais em
https://economia.uol.com.br/noticias/afp/2018/03/20/importadores-de-madeira-dos-eua-e-europa-alimentam-destruicao-da-amazonia-diz-greenpeace.htm?cmpid=copiaecola
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