Mato Grosso é um dos estados mais importantes na gestão florestal sustentável no Brasil, e recentemente, essa posição foi fortalecida com o 1º Encontro de Identificadores de Árvores em Florestas, realizado em Alta Floresta. O evento reuniu especialistas, engenheiros florestais e técnicos para aprimorar a identificação de espécies arbóreas, uma prática essencial para a sustentabilidade do manejo florestal na região.
Identificação Precisa de Espécies: Uma Prioridade
A identificação correta das espécies é fundamental para o sucesso do manejo florestal em Mato Grosso. Esse processo permite a distinção de características importantes, como a cor, a textura e a densidade da madeira, além de preservar a biodiversidade local. Empresários do setor madeireiro têm um grande interesse em garantir essa identificação, pois é um requisito legal para a comercialização de madeira no estado.
Durante o encontro, os participantes discutiram e aplicaram técnicas avançadas de identificação, incluindo o uso de microscópios e espectroscopia de infravermelho. No entanto, um dos desafios ainda enfrentados é a catalogação precisa dos nomes científicos, que muitas vezes inclui espécies fora do bioma amazônico. Para sanar essa questão, o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) lançou o projeto “Espécies Arbóreas Mais Comercializadas de Mato Grosso” em parceria com universidades, como a UFRA e a Unemat.
Manejo Florestal Sustentável: Uma Prática de Meio Século
Com mais de 5 milhões de hectares de florestas nativas sob Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) e um potencial de expansão para 6 milhões de hectares, Mato Grosso é referência em práticas florestais sustentáveis há mais de 50 anos. O manejo sustentável permite a produção de madeira em equilíbrio com a conservação ambiental, assegurando a colheita seletiva e a regeneração das florestas.
O rigoroso sistema de controle da cadeia produtiva no estado, realizado por meio do Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora 2.0), garante a legalidade da madeira em todas as etapas, desde a origem até o destino final. Isso assegura a transparência e a legalidade no mercado madeireiro, fortalecendo a confiança de investidores e parceiros internacionais.
LEIA TAMBÉM: Evento discute o futuro das florestas na Amazônia e estratégias para o setor florestal sustentável
Colaboração e Tecnologia para o Futuro da Gestão Florestal
A integração entre especialistas, universidades e órgãos governamentais tem sido fundamental para aprimorar o manejo sustentável em Mato Grosso. A colaboração entre taxonomistas, profissionais de campo e responsáveis pelos herbários é essencial para garantir a precisão na identificação das espécies, um aspecto vital para os estudos de biodiversidade e a sustentabilidade do setor.
Esse esforço conjunto reflete a importância de se adaptar às exigências legais e ambientais, fortalecendo a posição de Mato Grosso como um dos líderes na preservação da Amazônia e no desenvolvimento de práticas sustentáveis de exploração florestal.
LEIA TAMBÉM: Comissão Europeia propõe adiamento da própria da Lei Antidesmatamento
A ação integrada para a gestão florestal em Mato Grosso não apenas promove a preservação das florestas, mas também assegura a continuidade de um setor vital para a economia do estado. Com a capacitação de profissionais e o uso de tecnologia de ponta, o estado avança para um futuro mais sustentável e equilibrado. Essas iniciativas mostram que é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação dos recursos naturais, garantindo benefícios para as gerações futuras.
Fonte: CIPEM
Descubra mais sobre Florestal Brasil
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.