O Grupo nomeado GTRB-MT foi criado em janeiro deste ano com o objetivo de propor soluções e uma estratégia de implantação de um sistema em Mato Grosso
O Grupo de Trabalho sobre a Rastreabilidade de Bovinos em Mato Grosso (GTRB-MT) realizou a sua primeira reunião na segunda-feira, 2 de maio.
O Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), coordenador do GTRB, apresentou uma proposta de Regimento Interno (RI) e de plano de trabalho para os próximos três meses.
Participaram do encontro, realizado em formato virtual, representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), do Ministério Público Federal (MPF) e da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).
O GTRB-MT foi criado em janeiro deste ano com o objetivo de propor uma solução e, concomitantemente, uma estratégia de implantação de um sistema de rastreabilidade para a cadeia produtiva da carne bovina.
O sistema vai trazer mais segurança e transparência sobre a movimentação de bovinos pelo território de Mato Grosso no que diz respeito aos critérios socioambientais.
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O presidente do Imac, Caio Penido, destacou que todos os integrantes do Grupo de Trabalho estão do mesmo lado e na mesma página, em busca do cumprimento da legislação brasileira e da validação da produção sustentável mato-grossense.
“É preciso erradicar o desmatamento ilegal da cadeia e fortalecer o Código Florestal Brasileiro. Tudo que for exigido além da obrigação legal, precisa acontecer por meio do PSA (Pagamento por Serviços Ambientais)”.
O procurador da República, Erich Masson destacou que o papel do MPF é fazer cumprir a lei brasileira.
“Não estamos em busca de impor novas regras, vamos acompanhar e exigir que se cumpra o que determina a legislação posta”. De acordo com o procurador, o mercado está se posicionando para criar mecanismos de fiscalização e setor produtivo e Estado deverão agir para melhorar o sistema e atender a demanda.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, afirmou que Mato Grosso sai na frente ao buscar ferramentas para conferir mais transparência ao modelo de produção e deverá agregar valor à carne.
A partir de agora, o GTRB fará reuniões para conhecer o trabalho que vem sendo realizado por entidades, estados e indústrias em busca de um sistema efetivo para rastrear a produção e até exemplos de modelos implantados em outros países.
O GT também vai liderar um estudo para avaliar os impactos e riscos à cadeia da carne de Mato Grosso, considerando a implementação de uma rastreabilidade socioambiental.
Rastreabilidade: do conceito à mesa do consumidor
Rastrear é monitorar. Por meio da rastreabilidade, os produtores podem atestar a procedência da carne bovina desde o nascimento até a mesa, acompanhando de perto todas as etapas da cadeia produtiva para garantir:
- a sustentabilidade dos processos;
- a atuação responsável, legal e auditada de todos os atores;
- a sanidade do rebanho;
- e a qualidade do produto final, que terá um valor agregado superior.
Imagine, por exemplo, que, durante algum momento da criação ou engorda, parte do gado tenha sido lotada em uma área de conservação ou desmatamento ilegal. Para a maioria dos mercados importadores – bem como para boa parcela do público final –, essa falha de processo, uma ilegalidade ambiental, bastaria para comprometer a procedência da carne e embargar a compra.
Paralelamente a esse passo inicial, será elaborado um Plano de Comunicação para apresentar as ferramentas já existentes e que hoje certificam os fornecedores diretos. As reuniões serão realizadas mensalmente.
Fonte: Portal DBO, Pasto Extraordinário
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