Uma das árvores mais icônicas de São Paulo, a figueira-de-bengala (Ficus benghalensis) localizada no restaurante Rubaiyat, passou por uma poda drástica em um dos lados de sua copa, gerando repercussão entre frequentadores e moradores da região. As imagens do “antes e depois” mostram claramente o impacto visual da intervenção.
Patrimônio vivo da cidade
Plantada no final do século XIX, a figueira acompanhou o crescimento da capital paulista, tornando-se um verdadeiro símbolo da paisagem urbana dos Jardins. Sua copa monumental não apenas caracteriza a arquitetura do restaurante construído ao seu redor, mas também oferece sombra, ameniza o microclima local e compõe um dos cenários mais fotografados da cidade.
Conflito urbano: carros x árvores
A decisão de realizar a poda ocorreu no lado da árvore que se estendia sobre uma área particular de estacionamento vizinha. Segundo relatos, galhos e frutos vinham causando transtornos aos veículos estacionados, o que motivou a intervenção.
Por outro lado, a poda comprometeu a estética paisagística e o valor simbólico da figueira, alterando a percepção visual de quem passa pelo local e de quem frequenta o restaurante. A redução significativa da copa afetou também a sombra antes proporcionada aos pedestres e à área externa.
Manejo técnico e diálogo
O caso expõe um dilema comum nas grandes cidades: como equilibrar segurança, manutenção e valorização do patrimônio arbóreo. Árvores urbanas centenárias, sobretudo as de grande porte, exigem avaliações técnicas regulares, planos de manejo específicos e diálogo entre proprietários, poder público e comunidade.

A figueira do Rubaiyat não é apenas uma árvore. É uma testemunha da história urbana de São Paulo, um ponto de referência afetiva e turística, e um exemplo da importância de integrar planejamento paisagístico à gestão urbana.
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