Uma fusão entre as gigantes Fibria e Suzano é uma aposta cada vez mais aceita pelos analistas do mercado financeiro. A ideia de união no setor de papel e celulose cresceu nos últimos dias após a concretização da venda da Eldorado Celulose para a holandesa Paper Excellence por R$ 15 bilhões.
A Paper Excellence é um dos maiores players no ramo de celulose do mundo, diz o comunicado. “Com operações industriais no Canadá e na França, a Paper Excellence possui capacidade anual de produção de cerca de 2,3 milhões de toneladas de celulose. A administração da Companhia manterá o mercado informado sobre o andamento da Operação”, completa.
Controladora de grupos como os frigoríficos da empresa JBS, a holding J&F Investimentos teve seu acordo de leniência homologado pelo Ministério Público Federal (MPF), no qual terá que pagar R$ 10 bilhões de multa pelo esquema de corrupção envolvendo o pagamento de propina a agentes públicos. Desde que a delação premiada de executivos da companhia veio à tona, o grupo está se desfazendo de empresas no Brasil e no exterior, como as filiais que operam no mercado de carnes em países sul-americanos .
“Com os ativos da Eldorado agora fora da mesa, uma fusão de Suzano + Fibria (ambas com recomendação de compra) parece mais provável a médio prazo”, explica o analista do Citi Juan Tavarez. Ele calcula que uma eventual nova empresa seria a maior do mundo e 2,5 vezes maior do que a mais próxima em celulose de fibra curta.
“A decisão da Suzano de migrar para o Novo Mercado poderia também facilitar uma fusão entre as duas. Estimamos uma VPL das sinergias totalizando US$1,4-1,6 bilhão, com a integração dos ativos florestais e com a escala comercial”, diz Tavarez.
Segundo o analista Marcos Assumpção do Itaú BBA, “a tão aguardada fusão entre Fibria e Suzano possa estar mais perto de acontecer”, mostra um relatório enviado a clientes.
“Se um estrangeiro adquire a Eldorado, as chances de consolidação do setor brasileiro (Fibria e Suzano) aumentam, em nossa opinião”, disseram os analistas Ivano Westin, Renan Criscio e Rafael Cunha do Credit Suisse em uma análise publicada na semana passada.
Fonte: Money Times
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