A Floresta Nacional do Jamari, localizada em Rondônia, é pioneira como a primeira área federal destinada à exploração sustentável de madeira no Brasil. Desde 2010, mais de 350 mil metros cúbicos de toras de madeira foram produzidos, resultando em uma arrecadação de 24 milhões de reais. Esses números evidenciam o êxito do modelo, que não apenas gera renda e empregos, mas também mantém a floresta preservada.
Os frutos das concessões florestais são compartilhados entre o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), o estado de Rondônia e os municípios abrangidos pela concessão: Itapuã do Oeste e Cujubim.
Em uma visita técnica realizada na segunda semana de setembro, uma equipe do SFB acompanhou de perto todo o processo de manejo e cadeia de custódia na Floresta Nacional do Jamari. Garo Batmanian, diretor-geral do SFB, enfatiza que Jamari é um exemplo do sucesso da concessão florestal para manejo sustentável, evidenciado pela cobertura florestal preservada e pela regeneração natural da floresta.
Nos últimos 15 anos, o SFB concedeu 1,4 milhão de hectares em oito Florestas Nacionais (Flona) nos estados do Amazonas, Amapá, Pará e Rondônia. Esses projetos não apenas contribuem para a preservação ambiental, mas também promovem o desenvolvimento em áreas com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
O diretor de concessão e monitoramento, Renato Rosenberg, revela que o SFB possui atualmente 23 contratos de concessão florestal assinados. A meta é alcançar cinco milhões de hectares nos próximos anos e iniciar projetos de concessões de recuperação florestal em parceria com o ICMBio. Com os novos contratos, estima-se a produção de dois milhões de metros cúbicos de madeira, gerando anualmente 200 milhões de reais, além de oito mil empregos diretos e 16 mil indiretos.
A visita à Floresta Nacional do Jamari integrou as atividades em comemoração aos 15 anos do primeiro edital de concessão florestal no país. A equipe do SFB, composta por Garo Batmanian, André Aquino, Renato Rosenberg, Robson Bueno e Ana Shaura Oliveira, participou dessa celebração.
Quanto às concessões florestais, a previsão é de conceder 3,6 milhões de hectares ainda neste governo, com 11 concessões incluídas no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). No curto prazo, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou três novos projetos: Flona Jatuarana, Flona Pau Rosa e Gleba Castanho. Esta última será a primeira concessão em floresta pública não destinada.
Destaca-se também o Sistema de Cadeia de Custódia (SCC), conjunto de procedimentos para rastreamento dos produtos florestais madeireiros explorados nas áreas sob concessão florestal. O SCC controla desde a derrubada de árvores até a transformação das toras, assegurando um manejo florestal sustentável.
Em resumo, a experiência bem-sucedida da Floresta Nacional do Jamari destaca a importância das concessões florestais para promover o desenvolvimento econômico sustentável e a preservação ambiental, proporcionando um modelo replicável para outras regiões do Brasil. O compromisso em equilibrar a exploração econômica com a conservação florestal mostra que é possível colher os benefícios da natureza de maneira responsável e duradoura.
Fonte: Serviço Florestal Brasileiro
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