[EVENTO] Seminário de manejo florestal comunitário

No dia 28 de abril aconteceu em Belém o Seminário de Manejo Florestal Comunitário e Familiar em Florestas Públicas da Amazônia Brasileira organizado pelo Instituto Floresta Tropical com apoio do Fundo Vale.


Participaram do evento cerca de 110 convidados, divididos entre membros das comunidades participantes do projeto, representantes do poder público e de instituições não governamentais, além da sociedade civil organizada, empresas do setor florestal e instituições de ensino, pesquisa e extensão.

O Florestal Brasil foi convidado e esteve presente para a cobertura do evento. Confira no vídeo abaixo:

Manejo florestal comunitário em Pauta


Uma mesa de discussão foi formada por profissionais âmbito governamental e não-governamental no setor florestal que debateram os rumos e as perspectivas do manejo florestal realizado por populações tradicionais.
Mesa de debates formada por profissionais do setor florestal (Foto: Lucas Monteiro)
No debate, estiveram presentes Iran Pires (vice-secretário executivo do IFT), Patrícia Daros, (diretora de operações do Fundo Vale), Eduardo Santos, analista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Manuel Amaral, coordenador regional do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), Raimundo Ribeiro (engenheiro agrônomo da Emater-Pa), e Kleber Perotes (engenheiro agrônomo do Ideflor-bio) e Marcelo Melo (Engenheiro florestal Serviço Florestal Brasileiro).

O Engenheiro Florestal Marcelo Melo, representante do Serviço Florestal Brasileiro falou sobre o papel do engenheiro florestal para atender as demandas das comunidades no manejo florestal sustentável. “As comunidades detém o seu conhecimento tradicional, mas em alguns momentos, quando se fala em manejo florestal há necessidade desse conhecimento técnico ser utilizado. A comunidade pode perfeitamente ter acesso ao profissional engenheiro florestal, porém existe uma dificuldade no financiamento das suas atividades. As atividades comunitárias tem condições de atender a legislação, no entanto não necessariamente num primeiro momento. As comunidades podem ao longo do tempo ir alcançando a plenitude técnica e de legislação em suas atividades florestais. E conseguir de fato construir uma atividade de manejo florestal sustentável como é concebido hoje na nossa legislação. (assistir entrevista no Youtube).

Resultados
Apresentando os resultados dos projetos executados pelo IFT, a engenheira Florestal e coordenadora do Programa Florestas Comunitárias, Ana Luiza Violato Espada comentou sobre a experiência. “Os grandes resultados do nosso trabalho, foram a aprovação de seis planos de manejo florestal comunitário, o que totaliza mais de 40 mil hectares de floresta licenciadas para manejo florestal de uso múltiplo. Além disso, conseguimos aprovar um plano operacional anual e com isso a emissão da AUTEX e de fato implementar o modelo de manejo florestal na Resex de ituxi, no Amazonas, explorando uma das UPA’s, onde espera-se produzir 400m³ de madeira serrada.” (assistir entrevista no Youtube).
Ana Luiza também destacou a criação de um grupo de trabalho “Grupo de trabalho de manejo florestal comunitário do Marajó”, formado por várias organizações, que atuam no fomento do manejo florestal na região. Essa ação foi reconhecida pelo ICMBio como uma prática inovadora de gestão em florestas protegidas.
Participação dos comunitários
O evento também contou com a participação dos comunitários que vivem nas reservas extrativistas apoiadas pelo projeto do IFT, que compartilharam com o público os resultados e impactos que o projeto de manejo florestal resultou nas suas comunidade.

Os comunitários participantes do projeto puderam expor suas experiências com o projeto (Foto: Lucas Monteiro)

Lançamentos

O IFT lançou dois produtos de comunicação resultantes dos projetos realizados nas reservas extrativistas, entre eles o documentário de curta metragem intitulado “Florestas Comunitárias”, que conta como foi executado o projeto e as percepções das populações tradicionais sobre a dinâmica de trabalho desenvolvida pelo IFT. O outro projeto foi a revista digital Florestas Comunitárias, disponibilizada on line no site institucional do IFT e enviada para listas de e-mails cadastrados para receber a newsletter. O objetivo da publicação é promover e disseminar ações de manejo florestal comunitário realizadas por populações tradicionais da Amazônia.


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Lucas Monteiro

Engenheiro Florestal com especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Perícia e Auditoria ambiental . Formação de Auditor nos sistemas ISO 9001, ISO 14001 e ISO 45001 e FSC® (FM/COC). Experiência em Due Diligence Florestal, mitigação de riscos ambientais e Cadeia de suprimentos da Madeira para mercados internacionais (EUDR e Lacey Act).

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