Como a Engenharia Florestal pode ajudar o Brasil a enfrentar queimadas?
As queimadas no Brasil em 2024 têm sido uma preocupação crescente. Com o aumento dos incêndios florestais, o país enfrenta desafios que ameaçam sua biodiversidade e o equilíbrio climático. A Engenharia Florestal surge como uma peça fundamental para enfrentar esse problema de maneira sustentável e eficiente.
A Crise de Queimadas em 2024
Em 2024, o Brasil enfrentou um aumento alarmante de queimadas, principalmente nas regiões da Amazônia e do Cerrado. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), até setembro, mais de 95 mil focos de incêndio foram registrados em todo o país. As causas são variadas, desde práticas de desmatamento ilegal até os efeitos das mudanças climáticas.
Na Cúpula do Futuro da ONU, realizada em 22 de setembro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a urgência de enfrentar as mudanças climáticas e o desmatamento. Em seu discurso, Lula reforçou o compromisso do Brasil com a preservação ambiental:
“Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável foram o maior empreendimento diplomático dos últimos anos e caminham para se tornarem nosso maior fracasso coletivo. No ritmo atual de implementação, apenas 17% das metas da Agenda 2030 serão atingidas dentro do prazo.
Na COP28 do Clima, o mundo realizou um balanço global da implementação das metas do Acordo de Paris. Os níveis atuais de redução de emissões de gases do efeito estufa e financiamento climático são insuficientes para manter o planeta seguro.”
Esse discurso reflete a necessidade de combinar políticas públicas com o uso de tecnologias sustentáveis, onde a Engenharia Florestal desempenha um papel central.
Como a Engenharia Florestal pode ajudar o Brasil a enfrentar queimadas?
A Engenharia Florestal oferece soluções práticas para prevenir e mitigar queimadas. Esses profissionais utilizam conhecimento técnico e científico para gerenciar florestas de forma sustentável. O curso de Formação de Engenheiro Florestal contém diversas discilplinas que preparam o profissional para lidar com esses desafios. Aqui estão algumas das principais contribuições da Engenharia Florestal:
- Manejo Integrado do Fogo (MIF): Técnicas como aceiros e o uso controlado do fogo ajudam a reduzir a biomassa seca, diminuindo o risco de incêndios de grandes proporções.
- Monitoramento Tecnológico: O uso de drones, satélites e sensoriamento remoto permite a detecção precoce de focos de incêndio, facilitando o controle rápido.
- Recuperação de Áreas Degradadas: Após queimadas, engenheiros florestais trabalham na recuperação do ecossistema, promovendo o reflorestamento e a restauração da biodiversidade.
A busca constante de evolução em soluções ambientais é inclusive o grande motivador do ENCEF – Encontro Nacional de Cursos de Engenharia Florestal, uma proposta inovadora de articulação, que mostrou grande sucesso em suas duas primeiras edições (2022 e 2023) e será base de discussão, de maneira participativa, da proposta nacional de “Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos Superiores de Engenharia Florestal” com o intuito de fechamento de diretrizes que vem sendo construídas há alguns anos, incluindo o incremento das pesquisas e capacitações dos profissionais florestais nas técnicas de prevenção e mitigação de crises relacionadas à incêndios florestais.
Esse evento é uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Engenharia Florestal – SBEF, Coordenadoria Nacional de Câmaras de Engenharia Florestal – CCEEF/CONFEA, e da Associação Paraense de Engenheiros Florestais – APEF.
Durante três dias de discussões, coordenadores de cursos, professores, estudantes e egressos das instituições de ensino de todo o Brasil e membros dos conselhos regionais e entidades de classe poderão estabelecer um consenso entre a cadeia de conhecimento necessária à formação do profissional.
Para se inscrever no evento, basta clicar no banner abaixo ou aqui.
O Futuro das Florestas Brasileiras
O futuro das florestas brasileiras depende da ação conjunta entre o governo, os engenheiros florestais e a sociedade. A preservação da Amazônia e de outros biomas é fundamental para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e garantir a sustentabilidade ambiental. A fala de Lula na ONU ressalta a importância de se investir em políticas baseadas em ciência e tecnologia, e a Engenharia Florestal é um dos pilares dessa transformação.
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