Edição da Revista do IF 33 traz trabalhos científicos sobre Manejo Florestal

A edição completa da Revista do Instituto Florestal v. 33 n. 1 já está disponível. Este número traz 6 artigos e 1 nota científica que abordam e relacionam diferentes áreas do conhecimento vinculadas às ciências florestais. Todos os trabalhos fornecem subsídios ao manejo florestal, seja ele voltado à produção, à restauração ou à conservação.

revista do if 33

A Revista traz estudos genéticos aplicados à produção e à conservação florestal. O artigo que abre a revista é uma pesquisa de anatomia da madeira com clones de seringueira (Hevea brasiliensis) em um plantio experimental em Selvíria, no Mato Grosso do Sul. Outro estudo traz o inventário florístico do Arboreto “Gustavo Edwall”, implantado em 1914 na capital paulista, e busca detectar se ainda há espécies remanescentes do plantio original.

A mais recente edição da revista também apresenta a pesquisa que avaliou a aplicação de produtos naturais para preservar os colmos (o caule característico de plantas como o bambu) de espécies do gênero Gradua contra organismos xilófagos.

As pesquisas relacionadas à fauna geralmente têm grande apelo junto a diferentes públicos. Uma delas avaliou a riqueza de espécies e a frequência de mamíferos de médio e grande porte na Estação Ecológica Barreiro Rico, no município paulista de Anhembi. Foram encontradas 35 espécies nativas (30,8% ameaçadas) e três exóticas. Um outro estudo identificou a presença do jabuti-piranga na área das contíguas Estação Ecológica e Floresta Estadual do Noroeste Paulista, nos municípios de Mirassol e São José do Rio Preto. O jabuti não consta nas lista recentes de espécies nativas de répteis do estado de São Paulo e provavelmente os indivíduos observados são provenientes de soltura de animais que estavam em cativeiro. No entanto, apresentam baixo potencial de impacto à biota nativa.

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Em outra pesquisa publicada, foi estudada a germinação de Dodonaea viscosa, uma espécie  arbórea exótica de origem australiana com potencial para a recuperação de áreas degradadas por seu rápido crescimento, mas que pode ser considerada invasora por tolerar a seca e formar bancos de sementes no solo. Os testes demonstraram que suas sementes possuem características também observadas em espécies pioneiras e invasoras, como Leucaena leucocephala e Pinus spp., caracterizando-a como tal.

Outro artigo traz a pesquisa que avaliou a reprodução da pupunheira, espécie de palmeira de grande valor comercial, em três locais do Estado de São Paulo (Pariquera-Açu, Pindorama e Mococa), relacionando os padrões observados com elementos climáticos. Os experimentos foram realizados na Coleção de Pupunheiras do IAC, plantadas em setembro de 1992. A época de floração da pupunha depende do local onde a palmeira é cultivada. O tempo médio para o cultivo da pupunheira é 41, 50 e 43 dias para palmeiras cultivadas em Pariquera-Açu, Pindorama e Mococa, respectivamente. A frutificação em Pindorama dura 116 dias, com um ciclo total de 166 dias.

A publicação deste número da Revista do IF reúne o trabalho de 37 autores, sendo nove do Instituto Florestal e os restantes oriundos de diferentes instituições de ensino e pesquisa: Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Fundação Florestal, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP),Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) – campus de Botucatu e campus de Ilha Solteira,  Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade Federal do Acre (UFAC), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidad Nacional Amazónica de Madre de Dios (UNAMAD), do Peru.

A Revista do Instituto Florestal é um periódico científico interdisciplinar, de acesso livre, e está recebendo novos trabalhos. Se interessou em submeter um artigo? Saiba mais nas instruções aos autores.

Fonte: Instituto Florestal


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Arthur Brasil

Engenheiro Florestal formado pela FAEF. Especialista em Adequação Ambiental de Propriedades Rurais. Contribuo para o Florestal Brasil desde o inicio junto ao Lucas Monteiro e Reure Macena. Produzo conteúdo em diferentes níveis.

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