O desmatamento da Amazônia voltou a
aumentar no Brasil. Segundo dados registrados por satélite pelo Inpe e
divulgados nesta quinta-feira (26/11/2015) pelo Ministério do Meio Ambiente, a Amazônia
perdeu 5.831 quilômetros quadrados de florestas no último ano. Um aumento
de 16% no desmate.
aumentar no Brasil. Segundo dados registrados por satélite pelo Inpe e
divulgados nesta quinta-feira (26/11/2015) pelo Ministério do Meio Ambiente, a Amazônia
perdeu 5.831 quilômetros quadrados de florestas no último ano. Um aumento
de 16% no desmate.
Parte desse desmatamento é causado pelo
fogo. A Amazônia está queimando e os focos de incêndio dispararam. Só
no Pará foram registrados mais de 36 mil focos desde o início do ano, o que
deve colocar 2015 entre os anos de maior quantidade de incêndio da história. Se
considerarmos o Brasil todo, são mais de 200 mil focos de incêndio no ano.
fogo. A Amazônia está queimando e os focos de incêndio dispararam. Só
no Pará foram registrados mais de 36 mil focos desde o início do ano, o que
deve colocar 2015 entre os anos de maior quantidade de incêndio da história. Se
considerarmos o Brasil todo, são mais de 200 mil focos de incêndio no ano.
Santarém,PA |
A pior situação é a do Amazonas. O
desmatamento explodiu no Estado, aumentando 54%. Os focos de incêndio também
estão fora de controle. Como já mostramos, a própria capital, Manaus, ficou
dias coberta por uma fumaça
tão densa que podia ser vista por satélite
desmatamento explodiu no Estado, aumentando 54%. Os focos de incêndio também
estão fora de controle. Como já mostramos, a própria capital, Manaus, ficou
dias coberta por
tão densa que podia ser vista por satélite
Quem está na região sofre com o problema
diariamente. A pesquisadora Erika Berenguer, da Lancaster University, no Reino
Unido, está em Santarém, no interior do Pará, e enviou algumas fotos para a
reportagem de ÉPOCA, que ilustram este texto. “A situação está assim há um
mês. Tem dias que nem o Sol dá pra ver“.
diariamente. A pesquisadora Erika Berenguer, da Lancaster University, no Reino
Unido, está em Santarém, no interior do Pará, e enviou algumas fotos para a
reportagem de ÉPOCA, que ilustram este texto. “A situação está assim há um
mês. Tem dias que nem o Sol dá pra ver“.
O motivo é o de sempre: agricultores
usam a técnica de fogo controlado para limpar o pasto. O fogo sai do controle e
se espalha pela floresta. O problema esse ano é que as condições meteorológicas
tornam incêndios propícios para se espalhar. Estamos em pleno El Niño, que
para a Amazônia significa tempo mais seco e quente.
usam a técnica de fogo controlado para limpar o pasto. O fogo sai do controle e
se espalha pela floresta. O problema esse ano é que as condições meteorológicas
tornam incêndios propícios para se espalhar. Estamos em pleno El Niño, que
para a Amazônia significa tempo mais seco e quente.
Segundo o Centro de Previsão do Tempo do
Inpe, a situação deve continuar ruim nos próximos meses. A avaliação é que o El
Niño atingirá sua intensidade máxima no próximo trimestre. A Amazônia
poderá ficar até 50% mais seca do que o normal. Mas é evidente que o problema
não é apenas do El Niño. Os produtores precisam parar de usar o fogo na
agricultura e adotar práticas mais modernas em suas propriedades, e o governo
precisa controlar o desmatamento ilegal.
Inpe, a situação deve continuar ruim nos próximos meses. A avaliação é que o El
Niño atingirá sua intensidade máxima no próximo trimestre. A Amazônia
poderá ficar até 50% mais seca do que o normal. Mas é evidente que o problema
não é apenas do El Niño. Os produtores precisam parar de usar o fogo na
agricultura e adotar práticas mais modernas em suas propriedades, e o governo
precisa controlar o desmatamento ilegal.
Mais importante, o Brasil precisa
regulamentar instrumentos de controle, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Os dados do Ministério do Meio Ambiente mostram que muito do desmatamento
identificado foi feito com licença estadual para derrubada. Há até um caso de
um Estado que autorizou desmate dentro de Terra Indígena, o que é proibido. As
esferas estaduais e federais precisam conversar entre si para que o combate ao
desmatamento seja mais efetivo daqui para frente.
regulamentar instrumentos de controle, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Os dados do Ministério do Meio Ambiente mostram que muito do desmatamento
identificado foi feito com licença estadual para derrubada. Há até um caso de
um Estado que autorizou desmate dentro de Terra Indígena, o que é proibido. As
esferas estaduais e federais precisam conversar entre si para que o combate ao
desmatamento seja mais efetivo daqui para frente.
Fonte: epoca.globo.com
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