Demanda externa por carnes Brasileiras está mais forte que nunca

Segundo o BTG, as exportações de carne bovina e de aves do Brasil apresentaram volumes, preços e spreads mais fortes no segundo trimestre do ano.

Reprodução: Pasto-extraordinario-rastreabilidade

O BTG Pactual projeta que os melhores volumes, preços e spreads nas exportações brasileiras de carne bovina e de aves devem continuar guiando o movimento positivo do setor. “Sentimos que a demanda externa por proteínas brasileiras está mais forte do que nunca (talvez com exceção da carne de suíno por razões muito particulares)”, destacou o banco em relatório. A avaliação leva em consideração os resultados para o primeiro semestre de 2022 divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, na última sexta-feira (1º).Segundo o BTG, as exportações de carne bovina e de aves do Brasil apresentaram volumes, preços e spreads mais fortes no segundo trimestre do ano, o que deve sustentar resultados sólidos para as empresas do setor. “Como os fundamentos do ciclo continuam a melhorar em ambos, também acreditamos que um segundo semestre de 2022 muito mais forte possa estar em andamento”, avalia o banco.

Bovinos
De acordo com a análise do BTG há um fraco desenvolvimento dos spreads de carne bovina dos Estados Unidos, o que reforça o Brasil como um player importante. “A Minerva é a principal beneficiária do ciclo de melhoria no Brasil”, avalia o BTG. O banco classificou a JBS, assim como a Minerva, com recomendação de ‘compra’, a Marfrig teve avaliação ‘neutra’ e a BRF também foi mantida como ‘neutra’, mas o banco destaca que há cada vez mais sinais de que as margens da empresa devem se recuperar.
Aves
A combinação de uma abordagem mais racional para produção no Brasil e no exterior, a forte demanda principalmente no Oriente Médio, os custos de produção mais elevados a nível global e as relações de preços em relação à carne bovina parecem estar apoiando um forte rali de preços para o mercado exportador de aves do Brasil. Em faturamento, as vendas renderam US$ 880,74 milhões ante US$ 585,61 milhões em junho de 2021. Na avaliação do BTG Pactual, como os fundamentos do ciclo continuam a melhorar, a tendência é que o próximo trimestre se mantenha forte para o País.
Por outro lado…
A valorização do leite se deve à menor oferta, segundo especialistas. A queda na produção, por sua vez, está atrelada ao avanço do período de entressafra.

Os produtores de leite já aumentaram o preço do produto em 21,6% no acumulado de 12 meses, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O valor do item, considerado essencial nas compras de boa parte dos brasileiros, tem chamado a atenção dos consumidores.
A valorização do leite se deve à menor oferta, segundo especialistas. A queda na produção, por sua vez, está atrelada ao avanço do período de entressafra, que ocorre sazonalmente entre o outono e o inverno – quando o clima mais seco prejudica a disponibilidade e a qualidade das pastagens. “No primeiro trimestre de 2021, teve uma queda de 10,3% no volume de leite que foi produzido no Brasil. Foi a maior queda histórica da série, que começou em 1997. Então, acho que ela dá uma dimensão de como essa oferta recuou”, explica o pesquisador da Embrapa Gado de Leite Glauco Rodrigues. Além disso, segundo o pesquisador, o custo de produção subiu em mais de 60% desde 2020. Diversos insumos da atividade, como combustíveis, medicamentos e suplementação mineral, pressionaram as margens dos pecuaristas.

Fonte: Revista Voz do Campo
Os custos de produção de leite subiram muito. A gente começou, em meados de 2020, com uma alta no preço do concentrado, a alimentação das vacas à base de milho e de soja. São dois insumos muito importantes em uma estrutura de custo de produção. A parte de alimentação é a que mais pesa dentro de um sistema de produção de leite”, destaca Rodrigues. Fonte: CNN Brasil

O preço médio cobrado pelos produtores registrado em junho deste ano é de R$2,68 por litro. Em janeiro, o valor médio era de R$ 2,10. E o consumidor sente a alta nos mercados. Segundo a última Pesquisa Nacional da Cesta de Alimentos feita pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o leite registrou aumento de preço em 17 capitais brasileiras entre abril e maio. Nas prateleiras dos mercados, a CNN levantou que o litro de leite longa vida varia de R$ 5 a R$ 9. Na prévia da inflação de junho, o produto acumula uma alta de 3,45%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fonte: Estadão Conteúdo / CNN / Compre Rural


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Reure Macena

Engenheiro Florestal, formado pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), Especialista em Manejo Florestal e Auditor Líder - Sistema de Gestão Integrada (SGI). Um parceiro do Florestal Brasil desde o início, compartilhando conhecimento, aprendendo e buscando sempre a divulgação de informações que somem para o desenvolvimento Sustentável do setor florestal no Brasil e no mundo.

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