Créditos de carbono em concessões florestais agora têm base jurídica no Brasil. O Governo Federal publicou o Decreto nº 12.679/2025, regulamentando a Lei de Gestão de Florestas Públicas e abrindo caminho para que projetos de manejo e restauração possam gerar créditos de carbono com metodologias reconhecidas internacionalmente. Nesse contexto, o Florestal Brasil anuncia uma parceria estratégica com a Universidade do Carbono, referência nacional em formação para a economia de baixo carbono.

Avanço regulatório e segurança jurídica
O novo decreto dá segurança jurídica e atrai investimentos ao permitir que concessionários florestais utilizem metodologias REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) no mercado voluntário de carbono.
Com isso, projetos de manejo florestal e restauração ecológica poderão gerar créditos de forma mais ágil, alinhados a padrões internacionais.
Segundo o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Garo Batmanian, o decreto consolida a integração entre governança pública e capital privado, promovendo uma nova etapa de incentivo à restauração e ao manejo sustentável.
“Agora, com regras claras, unimos governança pública e capital privado para acelerar a restauração e o manejo sustentável”, afirmou Batmanian.
REDD+ e financiamento para conservação
A regulamentação também flexibiliza a certificação dos projetos, o que deve destravar investimentos e ampliar a atratividade das concessões florestais.
De acordo com Renato Rosenberg, diretor de Concessão Florestal e Monitoramento do SFB, a medida “favorece o uso de créditos de carbono como fonte de receita para ações de conservação florestal”.
Com a redução comprovada do desmatamento, o concessionário poderá certificar e comercializar créditos no mercado voluntário, promovendo a conservação como atividade economicamente viável.
O Brasil reafirma, assim, seus compromissos climáticos de zerar o desmatamento ilegal e restaurar 12 milhões de hectares até 2030, sinalizando ao mundo uma política de transparência e integridade ambiental.
Carbono como nova receita florestal
Nas concessões florestais federais, os créditos de carbono já são reconhecidos como receita complementar à conservação.
Um exemplo é o edital da Floresta Nacional do Bom Futuro, que inclui a recuperação de áreas degradadas e a comercialização de créditos de carbono como parte do manejo sustentável.
O modelo reforça o potencial do mercado de carbono como mecanismo de financiamento climático, integrando conservação, economia e inclusão social.
Parceria Florestal Brasil e Universidade do Carbono
Com o avanço das políticas de carbono no país, o Florestal Brasil firmou uma parceria com a Universidade do Carbono — instituição pioneira na formação de líderes e especialistas em Soluções Baseadas na Natureza (NBS) e mercado de carbono.
A Universidade oferece MBAs e cursos de alto nível que capacitam profissionais para atuar com projetos de carbono, mitigação climática e gestão de ativos ambientais com ética e integridade científica.
Essa colaboração tem como objetivo difundir conhecimento e profissionalizar o setor florestal, fortalecendo a conexão entre educação, ciência e economia verde.
Enquanto o novo decreto cria bases legais para monetizar a conservação, a Universidade do Carbono forma as pessoas que farão essa transição acontecer na prática.
A regulamentação dos créditos de carbono em concessões florestais representa um marco para a política ambiental brasileira. Ela estimula o investimento privado em restauração, dá valor econômico às florestas e abre espaço para inovação e geração de renda sustentável.
Parcerias como a do Florestal Brasil com a Universidade do Carbono reforçam a importância da educação técnica e científica para transformar boas intenções climáticas em resultados concretos para o planeta.
Fonte: Serviço Florestal Brasileiro
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