Corrida espacial pode prejudicar o meio ambiente?

Como a corrida espacial pelo turismo espacial de luxo parece que veio para ficar, em que a Blue Origin, fundada por Jeff Bezos, programa mais duas viagens para este ano e a Virgin Galactic, de Richard Branson, já teria vendido, ao menos, 600 passagens de US$ 250 mil cada ao limite atmosférico terrestre, começou-se a discutir os impactos ambientais e sociais dessa nova incursão.

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Corrida espacial pode causar danos; veja os riscos que a exploração oferece (Foto: Joe Raedle/Getty Images

Apesar de essas viagens atingirem o espaço suborbital, o que não é uma nova fronteira, elas estão sendo comercializadas como oportunidades potenciais para experimentos científicos. No voo mais recente da Virgin Galactic, os passageiros levaram plantas a bordo para testar como elas respondiam à microgravidade.

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A espaçonave SpaceShipTwo Unity durante voo Foto: Divulgação

Devido ao combustível utilizado nas viagens, os efeitos ao meio ambiente serão diferentes, variando de acordo com o combustível utilizado, a energia gasta na fabricação desses combustíveis e qual o destino de cada missão. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem do Vox, mesmo o hidrogênio e oxigênio utilizado pela Blue Origin teriam impactos ambientais, apesar de não emitirem carbono

As emissões de gases que acentuam o efeito estufa são piores do que as viagens aéreas convencionais devido à proporção de poucas pessoas a bordo nas viagens ao espaço. Caso o turismo espacial se popularize, a poluição poderia piorar. Segundo a reportagem do Vox, apenas a Virgin Galactic tem o objetivo de lançar 400 voos anuais.

“A pegada de carbono de se lançar ao espaço em um desses foguetes é incrivelmente alta, cerca de 100 vezes maior do que se você fizesse um voo de longa distância. É incrivelmente problemático se queremos ser ambientalmente conscientes e considerar nossa pegada de carbono”, afirmou Eloise Marais, professora de geografia física da University College London.

Outros impactos ambientais estão relacionados à fuligem eliminada, que também pode na estratosfera e camada de ozônio. De acordo com a reportagem, um estudo de 2010 constatou que a cada mil viagens espaciais turísticas a temperatura da Antártica subiria 1°C.

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“Existem alguns riscos que são desconhecidos. Nós deveríamos fazer muito mais trabalho para acessar aqueles riscos e garantir que eles não ocorram ou para aliviá-los de alguma forma – antes de iniciar este negócio de turismo espacial”, argumentou Paul Peeters, professor de turismo sustentável da Ciências Aplicadas da Breda Uinversity. No geral, ele acredita que os custos ambientais são razão suficiente para não fazer essa viagem.

Fonte: Época Negócios | Mundo (globo.com)


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Arthur Brasil

Engenheiro Florestal formado pela FAEF. Especialista em Adequação Ambiental de Propriedades Rurais. Contribuo para o Florestal Brasil desde o inicio junto ao Lucas Monteiro e Reure Macena. Produzo conteúdo em diferentes níveis.

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