Entenda o que são Corredores Ecológicos

Os corredores ecológicos é algo que vem sendo adotado cada vez
mais por órgão responsáveis de cada estado, afim de preservas seus fragmentos vegetais ou aumentar as áreas de Unidade de Conservação (UC), com intuito maior em manter e restaurar as florestas e os animais, mantendo assim, o fluxo gênico entre as espécies das áreas isoladas.
Parque Nacional da Serra da Canastra, parte do Corredor Capivara-Confusões. Foto: Jairo Abud

















O
conceito surgiu durante os anos 90, em meio à debates na comunidade científica.
Ele foi considerado como uma das principais estratégias a utilizar na conservação
da biodiversidade. No Brasil, o conceito foi incorporado à legislação em 1993
pelo decreto Decreto nº 750, já revogado, que dispunha sobre “o corte, a
exploração e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio
de regeneração da Mata Atlântica”. Ali havia a proibição de
“exploração de vegetação que tenha a função de (…) formar corredores
entre remanescentes de vegetação primária ou em estágio avançado e médio de
regeneração” (OECO).
Hoje,
a matéria está disposta na lei do SNUC que, através do art. 25,
determina que “as unidades de conservação, exceto Área de Proteção
Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de
amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos” (OECO).
O
Corredor Ecológico é um instrumento de gestão e ordenamento territorial,
definido pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC (Lei
9.985, de 18 de julho de 2000), com o objetivo de garantir a manutenção dos
processos ecológicos nas áreas de conexão entre Unidades de Conservação,
permitindo a dispersão de espécies, a recolonização de áreas degradadas, o
fluxo gênico e a viabilidade de populações que demandam mais do que o
território de uma unidades de conservação para sobreviver (ICMBio).

ESEC Serra Geral do Tocantins (Mariusz Szmuchorowski)
Os
corredores são criados com base em estudos sobre o deslocamento de espécies,
sua área de vida e a distribuição de suas populações. A partir das informações
obtidas são estabelecidas as regras de utilização destas áreas, a fim de
amenizar e ordenar os impactos ambientais das atividades humanas. Estas regras
farão parte do plano de manejo da Unidade de Conservação à qual o
corredor estiver associado (OECO).
A
implementação de um Corredor Ecológico depende da pactuação entre a União,
Estados e Municípios para permitir que os órgãos governamentais responsáveis
pela preservação do meio ambiente e outras instituições parceiras possam atuar
em conjunto para fortalecer a gestão das Unidades de Conservação, elaborar
estudos, prestar suporte aos proprietários rurais e aos representantes de
comunidades quanto ao planejamento e o melhor uso do solo e dos recursos
naturais, auxiliar no processo de averbação e ordenamento das reservas legais –
RL, apoiar na recuperação das Áreas de Preservação Permanente – APP, entre
outros (ICMBio).
O
propósito maior desta estratégia de integração é buscar o ordenamento do
território, adequar os passivos ambientais e proporcionar a integração entre as
comunidades e as Unidades de Conservação, compatibilizando a presença da
biodiversidade, a valorização da sociobiodiversidade e as práticas de
desenvolvimento sustentável no contexto regional (ICMBio).
Fonte: ICMBio / OEco
Link de um pdf sobre corredores ecológicos: [DOWNLOAD]

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Arthur Brasil

Engenheiro Florestal formado pela FAEF. Especialista em Adequação Ambiental de Propriedades Rurais. Contribuo para o Florestal Brasil desde o inicio junto ao Lucas Monteiro e Reure Macena. Produzo conteúdo em diferentes níveis.

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