Melhorar o ar que se respira e diminuir o consumo de energia são apenas alguns benefícios dos telhados verdes, que começaram a ganhar espaço na Alemanha como meio de cultivo e, posteriormente, alternativa para moradores que não possuem muito espaço nas grandes cidades.
Copenhague na Dinamarca é a segunda cidade do mundo a tornar obrigatório os telhados verdes, a primeira foi Toronto no Canadá. Entre alguns dos benefícios da medida, estão a melhora do ar, e a diminuição do consumo de energia, além de uma super alternativa aos moradores das grandes cidades que não possuem muitos espaços.
A legislação implementada tem como objetivo cobrir de vegetação os terraços das cidades, com o objetivo de ser carbono zero no ano de 2025. Vale ressaltar que quando a lei foi aplicada em Toronto, o resultado foi 1,2 milhão de metros quadrados verdes em diversas construções, além de uma economia de energia de mais de 1,5 milhão de kWh por ano para os proprietários.
Vale lembrar que essa técnica é utilizada na Alemanha desde a década de 60, onde 15% das residências e edifícios apresentam biocobertura e não faltam normas, manuais e materiais específicos para a implantação dos telhados verdes, o recurso ainda assusta em terras brasileiras. Mas cruzamos os dedos para que cada vez mais cidades adotem essa postura.
Entre os benefícios dos telhados verdes, destacam-se:
- Absorção de até 80% da água da chuva, ajudando a reduzir problemas de inundação;
- Redução das temperaturas urbanas;
- Proteção das edificações dos raios UV e das mudanças bruscas de temperatura;
- Cultivo de produtos para consumo próprio, reduzindo custos para os habitantes e negócios;
- Contribuição para uma melhor qualidade do ar nas cidades.
Copenhague tem aproximadamente 20 mil metros quadrados com superfícies verdes. Existem atualmente 30 edificíos com estas instalações, mas com a nova lei é previsto o aumento anual de cinco mil metros quadrados.
Em cidades da Suíça os telhados verdes são obrigatórios em todos os edifícios novos, e na Cidade do México as pessoas que adotam esta iniciativa recebem 10% de desconto no imposto.
COBERTURAS VERDES
O conceito das coberturas verdes consiste em substituir as coberturas artificiais dos edifícios por coberturas vivas. A mistura do concreto com a implantação da cobertura verde tornou-se, nas últimas duas décadas, uma resposta viável em relação a problemas que a rápida urbanização passava a produzir, como ilhas de calor e excesso de poluição.
A mestre em Ambiente Construído da Universidade Federal de Juiz de Fora, Christiane Gatto, destaca que o Brasil produz um impermeabilizante para a produção de coberturas à base de óleo de mamona, que é uma matéria-prima barata, não-tóxica e possui impacto ambiental praticamente zero. “Nós somos ricos em fontes naturais e temos criatividade para aplicá-las com a mesma eficiência e produtividade que os materiais disponíveis no exterior”, ressalta a especialista.
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