COP30: Entenda como funcionam as negociações climáticas e por que Belém será palco histórico em 2025
Em novembro de 2025, Belém, no coração da Amazônia, se tornará o centro das atenções globais ao sediar a COP30. Será a primeira vez que o maior evento climático do mundo acontece na Pan-Amazônia, um dos biomas mais estratégicos do planeta.
De acordo com Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, as conferências são estruturadas em torno de três pilares fundamentais: mitigação, adaptação e perdas e danos.
Os três pilares da agenda climática
- Mitigação: reduzir emissões de gases de efeito estufa, substituir combustíveis fósseis por renováveis e combater o desmatamento.
- Adaptação: preparar comunidades e ecossistemas com recuperação ambiental, irrigação, obras contra deslizamentos e reforço da saúde pública.
- Perdas e danos: reparar consequências já irreversíveis, como reconstrução de casas, abrigos emergenciais e apoio a deslocados.
Astrini compara as mudanças climáticas a uma doença crônica: sem mitigação, aumentam os custos de adaptação e reparação.
Exemplos globais de impactos
- Himalaia: derretimento de geleiras.
- Paquistão: enchentes históricas com milhões de desabrigados.
- Europa: incêndios florestais devastadores.
- Amazônia: seca reduziu em até 80% a produção de castanha-do-pará.
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Mobilização fora da COP30
Belém será palco de intensa mobilização popular:
- Cúpula dos Povos: mais de 800 organizações, atividades na UFPA e Marcha pelo Clima.
- Lideranças indígenas: expectativa de 2 a 3 mil participantes.
- Central da COP: atividades culturais e debates promovidos pelo Observatório do Clima.
- COP das Baixadas: debates sobre justiça climática vindos das periferias da Amazônia.
Fonte: Terra
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