Combate ao desmatamento é uma das formas mais eficientes de o Brasil reduzir emissões de carbono

Quando especialistas discutem maneiras de reduzir as emissões de carbono, o combate ao desmatamento surge como uma das estratégias mais eficazes.

Desmatamento na Amazônia cai 63% no primeiro bimestre
Desmatamento na Amazônia. Foto: Reprodução Internet.

Segundo esses especialistas, a crise climática já não permite medidas graduais. O Observatório do Clima recomenda uma redução de 92% nas emissões de carbono do Brasil até 2035, comparado aos níveis de 2005. Embora desafiadora, essa meta é necessária, afirma Márcio Astrini, secretário-executivo da organização.

“Se o aquecimento global continuar no ritmo atual, enfrentaremos enchentes, secas, ondas de calor e impactos severos na população. Por isso, é crucial que tomemos medidas urgentes para conter esse problema. Já temos vontade, tecnologia e políticas públicas; muitas delas só precisam ser implementadas”, destaca Astrini.

O Observatório do Clima, que reúne 120 organizações da sociedade civil, alerta que o Brasil deve apresentar, até fevereiro de 2025, sua contribuição oficial para limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C, conforme o Acordo de Paris.

O primeiro pilar da proposta do Observatório é praticamente eliminar o desmatamento, limitando-o a, no máximo, 100 mil hectares por ano até 2030. Além disso, o plano inclui o reflorestamento de 21 milhões de hectares de vegetação nativa.

Para o agronegócio, o plano sugere o uso de práticas já disponíveis que permitem ao Brasil retirar carbono da atmosfera, além de aumentar a produtividade. “A recuperação de pastagens degradadas e a implementação de sistemas integrados, como os agroflorestais, podem remover e armazenar carbono no solo”, explica Renata Potenza, coordenadora de Projetos em Clima e Emissões do Imaflora.

O Brasil também precisará aumentar a geração de energia limpa, como solar e eólica, e investir em transportes coletivos menos poluentes. Nesse setor, as emissões de carbono podem ser reduzidas em quase 40% até 2030, uma meta crucial para o país, que sediará a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas em 2025.

“Presidir a conferência com ações concretas e promessas ambiciosas é a melhor forma de liderar pelo exemplo. Estamos reduzindo o desmatamento agora, e precisamos colocar na mesa compromissos que inspirem o resto do mundo”, conclui Astrini.

O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima declarou que considerará as sugestões do Observatório ao elaborar o novo Plano Clima.

Fonte: G1


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Arthur Brasil

Engenheiro Florestal formado pela FAEF. Especialista em Adequação Ambiental de Propriedades Rurais. Contribuo para o Florestal Brasil desde o inicio junto ao Lucas Monteiro e Reure Macena. Produzo conteúdo em diferentes níveis.

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