Mais de 470 milhões de árvores já foram cortadas em 2021, de acordo com o monitoramento
O desmatamento na Amazônia avança a passos largos e devasta a maior floresta tropical da Terra. Em 2021, de janeiro a outubro, foram desmatados 8.021 km² de floresta, o que representa um dos piores índices em 10 anos e já superou o desmatamento do ano passado, mas ainda pouco abaixo de 2019. Os dados são do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (DETER) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O aumento da devastação colabora com o desequilíbrio climático da Amazônia, impactando a capacidade de absorver o dióxido de carbono da atmosfera, além de causar a perda da biodiversidade e gerar impacto na vida das pessoas. Com isso, as emissões brasileiras de gases do efeito estufa, que são responsáveis pelo aquecimento global, disparam.
O Brasil ocupa o quarto lugar no ranking de países que contribuem com o aumento da temperatura no planeta desde 1850, de acordo com a análise da Carbon Brief. Atualmente, o desmatamento na Amazônia responde por quase 40% das emissões desde o ano 2000.
Diante dos números alarmantes que comprovam a destruição no bioma e patrimônio natural do Brasil, é impreterível unir esforços de todos as partes para zerar o desmatamento e possibilitar a regeneração da Amazônia.
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Neste cenário, a Natura se uniu ao MapBiomas, InfoAmazônia e Hacklab para desenvolverem o Portal PlenaMata, iniciativa de mobilização da sociedade pelo o desmatamento zero e pela regeneração na Amazônia.
O portal traz dados, análises sobre o tema, notícias, boas iniciativas, entre outras informações. Um dos grandes destaques é o monitor que mostra em tempo real a quantidade de árvores derrubadas e hectares desmatados, com informações atualizadas diariamente.
Além da quantidade de árvores tombadas, o Portal PlenaMata traz informações geolocalizadas, a partir de pontos específicos no mapa. Assim, é possível ter uma visão mais completa das áreas atingidas, entender melhor o contexto para, pensar soluções
Nos primeiros dias, entre 31 de outubro e 5 de novembro, da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, a COP26, realizada em Glasgow, o monitor contabilizou mais de 9 milhões de árvores derrubadas na Amazônia. Em 2021, desde 1 de janeiro até hoje, já foram tombadas mais 470 milhões de árvores.
Na apuração dos 11 meses, o saldo de árvores que caíram é de 1.539.970 árvores a cada dia, o que corresponde a 1.059 árvores por minuto ou 17 árvores por segundo.
Amazônia precisa da nossa ação
A velocidade com que as árvores são derrubadas impressiona e exige movimentos rápidos para reverter a situação. Todos têm responsabilidade nessa tarefa e podem colaborar para zerar o desmatamento.
É fundamental conhecer e acompanhar o que acontece na Amazônia e também compartilhar com suas redes de contatos. Esse já é um exemplo de mobilização.
Se possível, procure organizações e movimentos sociais que atuam na conservação e regeneração da floresta e colabore. As mudanças climáticas trazem significativos impactos socieambientais e econômicos que afetam todos nós. O momento pede união para enfrentar as consequências e impedir um desastre maior.
Para acompanhar o desmatamento e ajudar a conservar a Amazônia, acesse o PlenaMata.
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