Bateria é carregada pela energia da terra e envia a eletricidade para vários pontos.
Todo mundo sabe que a lâmpada de casa ou escritório só funciona graças à eletricidade que sai das fontes geradoras de energia e chega aos nossos lares, vias públicas e locais de trabalho. Aqui no Brasil, a maior parte da eletricidade é gerada em usinas hidrelétricas que obtêm energia através da força das águas e também através de termoelétricas, sendo neste último caso, uma energia elétrica mais cara. Estes modelos, todavia, consomem muitos recursos naturais e financeiros… Mas esta realidade pode mudar.
Segundo pesquisadores da Universidade de Engenharia e Tecnologia do Peru, a UTEC, as plantas podem gerar energia suficiente para ligar lâmpadas. A pesquisa desenvolvida em parceria com a FCB (agência de publicidade global) já viabilizou a produção de 10 protótipos de geradores de energia que foram entregues a moradores da aldeia peruana de Nuevo Saposoa. Para conseguir eletricidade, o sistema conta com um eletrodo que deve ser inserido na terra onde exista somente uma espécie de planta. Este eletrodo é conectado a uma bateria, que após ser carregada pela energia da terra, envia a eletricidade para diferentes pontos.
“Tempos atrás encontramos uma maneira de cultivar plantas em plataformas que utilizam a umidade limpa retirada do ar, isto em uma região cujas águas subterrâneas e do solo foram arruinadas pela poluição”, disse ao site do MIT um dos líderes do projeto, Berman, a respeito da tradição da UTEC em ações humanitárias envolvendo tecnologias alternativas. As “lâmpadas vegetais” devem ganhar mais espaço se o projeto de Nuevo Saposoa apresentar resultados positivos.
Micróbios transmissores de energia?
Para chegar aos resultados de geração de energia através de plantas, os pesquisadores da UTEC contaram com um importante aliado, o Geobacter, um dos micróbios mais utilizados dentro da biotecnologia e que têm a capacidade de transmitir energia elétrica, como se fossem nanofios. Além disso, são micróbios que metabolizam a poluição de materiais radioativos.
Segundo a UTEC, a tecnologia das “lâmpadas vegetais” é um ótimo exemplo de como é possível pensar e executar ações que aproximem as pessoas com a natureza e que resolvam problemas sociais como a falta de luz em casa. É a perfeita simbiose.
Fonte: Pensamento Verde
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