Chuvas fora do comum em Minas Gerais deixam 50 cidades em situação de emergência

Desde o início do período chuvoso, em setembro de 2024, as chuvas em Minas Gerais já deixaram 26 mortos, além de centenas de desabrigados e desalojados. Cidades como Ipatinga, Serro e Santana do Paraíso enfrentam os impactos mais severos, com deslizamentos de terra, enchentes e estruturas comprometidas.

Impacto nas cidades

O município do Serro, na Região Central de Minas Gerais, registrou a 26ª vítima fatal. Uma ponte foi destruída e várias casas estão em risco de desabamento devido aos deslizamentos de terra. Em Ipatinga, no Vale do Aço, 10 pessoas perderam a vida, e cerca de 400 famílias ficaram desalojadas. A Defesa Civil continua trabalhando em conjunto com órgãos estaduais para oferecer suporte às vítimas.

Já em Santana do Paraíso, os alagamentos forçaram a realocação de dezenas de famílias, e Juramento, no Norte de Minas, enfrentou uma tromba d’água que inundou ruas e comércios, causando prejuízos incalculáveis.

Por que tantas chuvas em Minas Gerais?

A intensidade das chuvas em Minas Gerais está diretamente associada a um fenômeno meteorológico conhecido como Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Este sistema ocorre quando correntes de ar úmido provenientes da Amazônia se encontram com frentes frias que chegam do sul do Brasil, formando uma extensa faixa de instabilidade. A ZCAS é caracterizada por chuvas persistentes e de grande intensidade em uma área concentrada.

Além disso, fatores como o relevo montanhoso de Minas Gerais intensificam os impactos. Regiões com encostas e terrenos inclinados sofrem mais com deslizamentos de terra, pois o solo saturado perde estabilidade. Outro agravante é o desmatamento e urbanização desordenada, que reduzem a capacidade de infiltração da água no solo, aumentando o volume de enxurradas.

Ações emergenciais

O governo de Minas Gerais, sob a liderança do governador Romeu Zema, anunciou medidas emergenciais, incluindo:

  • Linhas de crédito subsidiadas para pequenos empresários afetados;
  • Recursos para relocação de famílias em áreas de risco;
  • Fornecimento de materiais como vigas e bueiros para reconstrução.

Prevenção e desafios

Apesar dos investimentos na gestão de desastres, especialistas destacam a necessidade de planejamento urbano mais eficiente, preservação ambiental e sistemas de alerta preventivos. O adiantamento do Piso Mineiro de Assistência Social é uma tentativa de minimizar os danos, mas desafios estruturais permanecem.

 


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