Após as reportagens, Salles exonerou o então diretor de proteção do
Ibama Olivaldi Azevedo. Servidores ouvidos na condição de anonimato pela
reportagem do GLOBO afirmam que as exonerações de Renê e Loss são uma
retaliação ao trabalho de fiscalização contra garimpeiros e madeireiros
ilegais na Amazônia.
Ibama Olivaldi Azevedo. Servidores ouvidos na condição de anonimato pela
reportagem do GLOBO afirmam que as exonerações de Renê e Loss são uma
retaliação ao trabalho de fiscalização contra garimpeiros e madeireiros
ilegais na Amazônia.
Foto: Mayke Toscano/Gcom-MT |
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o presidente do Ibama, Eduardo Bim, demitiram nesta quinta-feira (30), e dois chefes do Departamento do Ibama que foram responsáveis grandes operações de repressão a crimes ambientais no país. A exoneração foi publicada no Diário da República nesta manhã.
A demissão ocorreu duas semanas após a operação que ambos coordenaram a fim de fechar garimpos ilegais e impedir a disseminação do novo coronavírus em terras indígenas no sul do Pará.
Renê Luiz de Oliveira era coordenador-geral de fiscalização ambiental. Sua exoneração foi assinada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Hugo Ferreira Loss era coordenador de operações de fiscalização e sua exoneração foi assinada pelo presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim. Tanto Loss quanto Renê são servidores de carreira do Ibama.
A demissão ocorreu duas semanas após a operação que ambos coordenaram a fim de fechar garimpos ilegais e impedir a disseminação do novo coronavírus em terras indígenas no sul do Pará.
Renê Luiz de Oliveira era coordenador-geral de fiscalização ambiental. Sua exoneração foi assinada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Hugo Ferreira Loss era coordenador de operações de fiscalização e sua exoneração foi assinada pelo presidente do Ibama, Eduardo Fortunato Bim. Tanto Loss quanto Renê são servidores de carreira do Ibama.
Renê Luiz de Oliveira era coordenador-geral de fiscalização
ambiental. Sua exoneração foi assinada pelo ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles. Hugo Ferreira Loss era coordenador de operações de
fiscalização e sua exoneração foi assinada pelo presidente do Ibama,
Eduardo Fortunato Bim. Tanto Loss quanto Renê são servidores de carreira
do Ibama.
ambiental. Sua exoneração foi assinada pelo ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles. Hugo Ferreira Loss era coordenador de operações de
fiscalização e sua exoneração foi assinada pelo presidente do Ibama,
Eduardo Fortunato Bim. Tanto Loss quanto Renê são servidores de carreira
do Ibama.
A exoneração dos dois acontece semanas depois de o Ibama realizar uma
série de operações em terras indígenas no Pará contra ação de
garimpeiros. As operações, que resultaram na destruição de equipamentos
usados nos garimpos, foi tema de reportagem do programa Fantástico.
série de operações em terras indígenas no Pará contra ação de
garimpeiros. As operações, que resultaram na destruição de equipamentos
usados nos garimpos, foi tema de reportagem do programa Fantástico.
Leslie Nelson Jardim
Tavares…. – Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/colunas/rubens-valente/2020/04/30/ibama-exoneracoes-amazonia.htm?cmpid=copiaecola
Tavares…. – Veja mais em
https://noticias.uol.com.br/colunas/rubens-valente/2020/04/30/ibama-exoneracoes-amazonia.htm?cmpid=copiaecola
Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil. |
Para o lugar de Renê, foi nomeado o coronel da PM de São Paulo Walter
Mendes Magalhães Júnior, que estava na superintendência do Ibama no
Pará.
Mendes Magalhães Júnior, que estava na superintendência do Ibama no
Pará.
A única experiência prévia de Magalhães Junior na área ambiental é ter
comandado por sete meses a superintendência do próprio Ibama no Pará.
Lá, autorizou exportações de madeira sem a licença emitida pelo órgão que comandava.
A nomeação de uma figura como ele para um posto até então tocado por um
servidor de carreira especializado na função é emblemática do que o
governo Jair Bolsonaro quer para a Amazônia.
comandado por sete meses a superintendência do próprio Ibama no Pará.
Lá, autorizou exportações de madeira sem a licença emitida pelo órgão que comandava.
A nomeação de uma figura como ele para um posto até então tocado por um
servidor de carreira especializado na função é emblemática do que o
governo Jair Bolsonaro quer para a Amazônia.
Depois de diversas denúncias de ilegalidade e da ameaça dos
países importadores de madeira pararem com as importações, o IBAMA
emitiu uma nota técnica com uma interpretação de como deveria ser o procedimento para exportações de madeira nativa
países importadores de madeira pararem com as importações, o IBAMA
emitiu uma nota técnica com uma interpretação de como deveria ser o procedimento para exportações de madeira nativa
Para o cargo de Loss, foi nomeado um servidor de carreira do Ibama Leslie Nelson Jardim Tavares, que já havia substituido o ex-superintendente do Ibama no Amazonas José Leland Juvêncio Barroso, que foi preso por supostos porte ilegal de arma de fogo e peculato, durante a segunda fase da Operação Arquimedes. A investigação revelou um esquema de fraude no transporte de madeira retirada ilegalmente de áreas protegidas da Amazônia e escoadas pelos portos de Manaus.
Barroso foi um dos signatários de uma carta encaminhada ao então candidato eleito, Jair Bolsonaro, com críticas à política centralizada do Ibama e a afirmação de que o órgão tinha uma gestão ideológica alinhada com partidos como PT e PSOL, que defenderiam interesses de ONGs, uma linha de discurso semelhante à do ministro Ricardo Salles
O que diz o IBAMA
A versão oficial do Ibama é que as substituições foram solicitadas pelo novo chefe da Dipro (Diretoria de Proteção Ambiental), o major da PM paulista Olímpio Magalhães, que tomou posse no cargo há 15 dias, depois que o então diretor da área, Olivaldi Azevedo, também foi exonerado por decisão de Ricardo Salles
Outro oficial da Polícia Militar de São Paulo, Azevedo foi destituído do cargo um dia depois que o programa Fantástico, da TV Globo, exibiu uma reportagem sobre a mesma operação realizada pelo Ibama no Pará. A ação levou à incineração de diversas máquinas e equipamentos usados pelos garimpeiros
As operações de fiscalização do IBAMA pareciam incomodar o governo
Hugo Loss trabalha no
Ibama desde 2013. A princípio atuava na área de licenciamento, depois
assumiu o escritório do Ibama em Altamira (PA), na gestão de Suely, e
passou a tomar gosto pela fiscalização de campo, área na qual entrou
também a convite de Luciano Evaristo. Atuou em Manaus (AM)…. – Veja
mais em
https://noticias.uol.com.br/colunas/rubens-valente/2020/04/30/ibama-exoneracoes-amazonia.htm?cmpid=copiaecola
Ibama desde 2013. A princípio atuava na área de licenciamento, depois
assumiu o escritório do Ibama em Altamira (PA), na gestão de Suely, e
passou a tomar gosto pela fiscalização de campo, área na qual entrou
também a convite de Luciano Evaristo. Atuou em Manaus (AM)…. – Veja
mais em
https://noticias.uol.com.br/colunas/rubens-valente/2020/04/30/ibama-exoneracoes-amazonia.htm?cmpid=copiaecola
Hugo Loss trabalha no Ibama desde 2013. A princípio atuava na área de licenciamento, depois assumiu o escritório do Ibama em Altamira (PA), na gestão de Suely, e passou a tomar gosto pela fiscalização de campo, área na qual entrou também a convite de Luciano Evaristo. Atuou em Manaus (AM)
Hugo Loss, então coordenador de operações de fiscalização do Ibama, em Brasília, durante operação no sul do Pará Imagem: Álbum de família |
Loss participou “in loco” da operação e também foi entrevistado pela TV Globo. No ano passado, Loss assumiu o cargo de coordenador no lugar de Roberto Cabral, um fiscal também de perfil técnico e operacional, que foi exonerado da mesma função em abril do ano passado, já no governo Bolsonaro. Na opinião de fiscais, a exoneração de Cabral também foi retaliação velada ao seu trabalho de campo. Renê Oliveira ocupou o cargo de chefia em duas gestões diferentes no Ibama, nos governos de Dilma Rousseff e de Michel Temer, e vinha sendo mantido no cargo até agora pelo peso do seu perfil técnico.
Uma mobilização entre fiscais do Ibama nos últimos dias não impediu as exonerações. No último dia 21, um grupo de 16 servidores vinculados às coordenações enviou uma nota à presidência do órgão para pedir a suspensão dos processos de exoneração. No texto, os fiscais denunciaram retaliação e “possibilidade de dificultar e, talvez, obstruir as investigações e as operações em curso”
A saída de Renê e Loss, que vinham dando respaldo às ações de fiscalização, é considerada por fiscais uma guinada definitiva rumo ao controle, ambicionado pelo governo, das atividades de campo do órgão ambiental. Durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro reclamou diversas vezes do que chamava de “festa de multas” do Ibama. Ele próprio foi multado ao ser flagrado pescando ilegalmente numa reserva protegida no Rio de Janeiro, em 2012. Bolsonaro também já reclamou publicamente da queima de equipamentos flagrados em atividades ilegais na Amazônia. A destruição do maquinário é feita pelos fiscais do Ibama com base em um decreto de 2011
Fonte:
UOL / OVALE / THEINTERCEPT
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